“É com surpresa, mais uma vez, que percebo que neste país as funções básicas do estado são fortemente penalizadas pelas trapalhadas que vão acontecendo no país e quando assim é fica prejudicado a educação e a saúde”.
Foi desta forma que o presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), Joaquim Mourato, reagiu à Rádio Campanário, ao anúncio de novos cortes no Ensino Superior.
“Após muitos anos, por sucessivos anos, temos sofrido cortes e é de todo insuportável e tenho a certeza que no presente ano muitas instituições vão ter grandes dificuldades para honrarem os compromissos que já estão assumidos”, diz Joaquim Mourato.
O também presidente do Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) acusa o Governo de não ter informado as instituições, dizendo, “não foi muito correto, mas o que nós não compreendemos é que até ao momento ainda não conhecemos o plafond das instituições”, acrescentando, “foi-nos dito qual o valor global de financiamento para o Ensino superior onde pudemos constatar que é inferior a 14 milhões de euros em relação a 2014, um corte que corresponde a 1,45% mas é tudo ainda muito incerto”.
No entanto Joaquim Mourato espera que “as coisas ainda possam ser revistas” ate à aprovação do Orçamento de Estado.
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As universidades aguardam agora que lhes sejam comunicadas as dotações orçamentais para se pronunciarem quanto ao futuro universitário no ano de 2015.