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Terça-feira, Abril 30, 2024

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Médicos internos iniciam hoje greve de dois dias para melhorias de salários!

Hoje marca o início de uma greve de dois dias dos médicos internos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), convocada pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM). A greve tem como objetivo principal exigir melhores salários e uma valorização profissional que permita uma progressão significativa na carreira.

Esta paralisação histórica abrange não só os médicos internos em formação, mas também os médicos em pós-formação para obtenção da especialidade. Ela faz parte de uma série de greves planejadas em várias modalidades e regiões pelo SIM até setembro, todas com o propósito de reivindicar uma grelha salarial digna para todos os médicos.

O SIM aponta que os médicos internos constituem um terço dos profissionais de saúde no SNS. Apesar de trabalharem 40 horas por semana, eles recebem salários considerados baixos, aproximadamente 7,66 euros/hora líquidos. Além disso, frequentemente realizam horas extras, algumas das quais não são remuneradas. Em certos casos, são escalados para funções de especialistas, apesar de ainda estarem em fase de formação. Uma das críticas principais é que os médicos têm de financiar a sua própria formação, apesar de o Estado e o SNS terem a obrigação legal de garantir essa formação.

O SIM está a reivindicar a integração do internato médico no “primeiro patamar da carreira médica”, de forma a reconhecer a importância e a dedicação dos médicos em formação para o sistema de saúde.

Esta greve, que continuará até quinta-feira, coincide com a greve às horas extraordinárias dos médicos de família, que originalmente deveria ter terminado na terça-feira, mas foi estendida até 22 de setembro.

No passado, já houve três dias de greve nacional dos médicos, realizados entre 25 e 27 de julho, e dois dias de greve na região Centro, nos dias 9 e 10 de agosto.

O SIM já emitiu um pré-aviso de greve para 30 e 31 de agosto nas regiões do Alentejo, Algarve e Açores.

Após uma quinta reunião negocial extraordinária entre os sindicatos dos médicos e o Governo, em 10 de agosto, não foi possível chegar a acordo sobre a revisão da grelha salarial, um dos pontos centrais das reivindicações apresentadas pelos médicos desde o início das negociações em 2022.

O secretário-geral do SIM, Jorge Roque da Cunha, afirmou após a reunião que não existiam motivos para suspender as greves planeadas até setembro. Ele indicou que a proposta do governo de um aumento salarial de 1,6% para a generalidade das carreiras médicas não era suficiente para atender às exigências dos médicos.

De acordo com o Ministério da Saúde, a proposta do Governo representa um aumento total de 24% na massa salarial dos médicos do SNS.

O Ministério da Saúde também anunciou que os médicos hospitalares que aderirem à dedicação plena terão um horário semanal de 35 horas, com mais cinco horas de trabalho por semana, e um aumento salarial correspondente a dois níveis remuneratórios, além de um suplemento de 20% previsto no novo regime.

 

 

 

Fonte: Rádio Pax

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