20.4 C
Vila Viçosa
Quarta-feira, Novembro 6, 2024

Ouvir Rádio

Data:

Partilhar

Recomendamos

Milhares esperados nos Dias das Dioceses que antecedem a Jornada Mundial da Juventude

Agência Ecclesica

Milhares de jovens de todo o mundo são esperados em Portugal, de 26 a 31 de julho de 2023, para os “Dias nas Dioceses”, antecedendo a Jornada da Juventude, a realizar em Lisboa entre 01 e 06 de agosto.

“Os jovens vão ter uma experiência eclesial de partilha de fé, do ser Igreja nas comunidades de acolhimento nos dias anteriores” à Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 (JMJLisboa2023), informou hoje a organização deste encontro mundial de jovens que será encerrado pelo Papa.

Entre 26 e 31 de julho de 2023, os participantes dos “Dias nas Dioceses” “vão conhecer a Igreja local, com as suas especificidades, as pessoas e a região. Para esta semana está a ser preparado um programa com cinco pilares: Acolhimento, descoberta, missão, cultura e envio”, acrescentou a organização, indicando que “os jovens vão ficar alojados preferencialmente em casas de famílias nas paróquias de acolhimento e em instalações públicas”.

Estes dias, antes da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, vão realizar-se em 17 das 21 dioceses de Portugal continental e ilhas: Algarve, Angra, Aveiro, Beja, Braga, Bragança-Miranda, Coimbra, Évora, Funchal, Guarda, Lamego, Leiria-Fátima, Portalegre-Castelo Branco, Porto, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.

“As dioceses vão oferecer a sua identidade religiosa e cultural, através de uma proposta criativa da sua realidade. Os movimentos juvenis, como parte da Igreja e das dinâmicas diocesanas, também são chamados a estar presentes e a dar o seu contributo, nesta experiência de acolhimento e partilha”, especifica a organização, acrescentando que os “Dias nas Dioceses” são “um caminho de preparação para os peregrinos e para as comunidades anfitriãs para a vivência da Jornada Mundial da Juventude em Lisboa”.

Entretanto, no próximo domingo, os símbolos da JMJ são recebidos na diocese de Viseu, depois de terem passado este mês de março a percorrer a diocese da Guarda.

Os símbolos – a Cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani – estarão em cada diocese nacional cerca de um mês e a última a recebê-los será Lisboa.

Estes símbolos estiveram em 2021 em Angola, na Polónia e em Espanha, bem como nas dioceses portuguesas do Algarve Beja, Évora, Portalegre-Castelo Branco e Guarda.

Até ao final de abril estarão na diocese de Viseu.

Tradicionalmente, nos meses que antecedem cada JMJ, “os símbolos partem em peregrinação para serem anunciadores do Evangelho e acompanharem os jovens, de forma especial, nas realidades em que vivem”, informa a organização da Jornada.

Com 3,8 metros de altura, a Cruz peregrina, construída a propósito do Ano Santo, em 1983, foi confiada por João Paulo II aos jovens no Domingo de Ramos do ano seguinte, para que fosse levada por todo o mundo. Desde aí, a Cruz peregrina, feita em madeira, iniciou uma peregrinação que já a levou a quase 90 países.

“Foi transportada a pé, de barco e até por meios pouco comuns como trenós, gruas ou tratores. Passou pela selva, visitou igrejas, centros de detenção juvenis, prisões, escolas, universidades, hospitais, monumentos e centros comerciais. No percurso enfrentou muitos obstáculos: desde greves aéreas a dificuldades de transporte, como a impossibilidade de viajar por não caber em nenhum dos aviões disponíveis”, segundo uma nota sobre a JMJLisboa2023, acrescentando que “em 1985 esteve em Praga, na atual República Checa, na altura em que a Europa estava dividida pela cortina de ferro, e foi aí sinal de comunhão com o Papa”.

“Pouco depois do 11 de setembro de 2001, viajou até ao Ground Zero, em Nova Iorque, onde ocorreram os ataques terroristas que vitimaram quase 3.000 pessoas. Passou também pelo Ruanda, em 2006, depois de o país ter sido assolado pela guerra civil”, adianta a nota.

Já o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços, tem 1,20 metros de altura e 80 centímetros de largura, e está associado a uma das mais populares devoções marianas em Itália.

“É antiga a tradição de o levar em procissão pelas ruas de Roma, para afastar perigos e desgraças ou pôr fim a pestes. O ícone original encontra-se na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e é visitado pelo Papa Francisco que ali reza e deixa um ramo de flores, antes e depois de cada viagem apostólica”, acrescenta o documento divulgado pelo gabinete de comunicação da JMJLisboa2023.

Entretanto, a preparação da Jornada Mundial da Juventude que em 2023 se realizará em Portugal passará também por Santiago de Compostela, onde entre 03 e 07 de agosto deste ano se realizará a Peregrinação Europeia de Jovens.

A JMJLisboa2023, para a qual são esperados mais de um milhão de jovens de todo o mundo, decorrerá nos terrenos da margem do rio Tejo, ao norte do Parque das Nações, e será encerrada pelo Papa.

Inicialmente prevista para o verão de 2022, a iniciativa foi adiada um ano, devido à pandemia de covid-19.

Populares