No âmbito do programa “Governo + Próximo”, decorreu hoje, em Estremoz, a visita da Ministra da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes, à João Portugal Ramos, uma das empresas do setor vitivinícola com maior destaque na região do Alentejo.
A Rádio Campanário esteve presente e falou com Maria do Céu Antunes, que nos fez um balanço da visita à empresa vitivinícola.
Em declarações à nossa redação, a Ministra da Agricultura referiu que “é uma visita que quase que encerra o ‘Governo + Próximo’ e a presença da agricultura aqui no distrito de Évora, e é com particular satisfação. Faço-o porque é um gigante da produção de vinho, que emprega 100 trabalhadores em permanência, que tem uma atividade social muito importante, aliás, falava à pouco numa das linhas de enchimento, com uma senhora que há 23 anos trabalha aqui, e isso é claramente de alguém que encontra boas condições de trabalho e que lhe são proporcionadas, e isso é aquilo que nos apraz registar muito. A excelência do produto e daquilo que faz pela promoção de Portugal, cá dentro e lá fora essencialmente, e daí, concluirmos aqui neste território, e neste produtor de vinho, como dizia o senhor presidente da câmara ontem, no jantar que tivemos, com todos os membros do Governo e autarcas desta região, dizia-me ‘senhora ministra, temos que tratar muito bem os nossos produtores e este que vai visitar amanhã, porque é um grande empregador e que tem um grande trabalho social e económico de grande relevância neste nosso concelho’ e, portanto, sinto-me bastante satisfeita por concluir as minhas visitas aqui nesta adega. Claro que foram dois dias muito intensos, comecei sozinha e depois com o senhor Primeiro Ministro a falar sobre água e sobre regadio, primeiro nos Minutos, em Montemor-o-Novo, depois descendo para aquele que é o coração de Alqueva, que abastece cerca de 70% de toda a rede capilar de Alqueva, que estamos a reforçar com mais dois sistemas de bombagem, estamos a falar do sistema de álamos, de captação e depois de distribuição, atualmente já com quatro bombas e agora com mais duas neste reforço que estamos a fazer, para que, num sistema de rotação e de alternância e de resiliência possamos ter sempre a capacidade de não faltar água a quem dela precisa.”
“Alqueva é um grande investimento que neste território faz toda a diferença, estamos a falar de um equipamento de fins múltiplos, que para a agricultura tem uma relevância muito significativa e, por isso mesmo, tive a oportunidade, com o senhor Ministro do Ambiente e Ação climática, hoje termos apresentado, para discussão política e para aprovação genérica em Conselho de Ministros, aquele que é o Planos de Eficiência Hídrica para o Alentejo, para submeter a discussão pública e, agora vou daqui para a SEDES em Évora, para concluir um seminário sobre o papel da água e do desenvolvimento da agricultura no nosso país. Sabemos bem aquilo que são os efeitos das alterações climáticas, temos que preparar o nosso território para esses efeitos, temos que acelerar a nossa adaptação e a mitigação dos seus efeitos e sabemos bem que, tendo nós 16% da superfície agrícola útil regada, e sabendo nós que temos que poupar e a nossa estratégia de poupar, pelo menos 15%, é de aumentar a nossa capacidade de armazenamento, a nossa disponibilidade de água em 15% também, utilizado nomeadamente águas residuais tratadas ou de salinização, sempre que assim se justifique do ponto de vista económico e ambiental, nós dotaremos este território das melhores condições, para que o Alentejo, possa ser do ponto de vista agrícola, social, turístico e económico, um território sustentável, aliás, do ponto de vista do turismo, este território já foi considerado, pelo New York Times, como um destino sustentável e, essa sustentabilidade deve-se a um conjunto de atividades económicas que contribuem para essa mesma sustentabilidade, onde a agricultura aqui, neste território, tem um papel determinante”, finalizou.
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