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Domingo, Abril 28, 2024

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Ministro da Saúde e autarcas de nove municípios alentejanos assinaram protocolo de “Reestruturação do Ambulatório do Hospital de Elvas em clínica de Alta Resolução” (c/som e fotos)

O Ministro da Saúde Paulo Macedo esteve esta sexta-feira, dia 8 de maio em Campo Maior para proceder à assinatura de um protocolo de cooperação, tendo em conta as necessidades sentidas pelos utentes da área de serviço de influência da ULSNA nomeadamente dos municípios de Arronches, Campo Maior, Elvas, Monforte e Sousel, e ainda dos municípios de Alandroal, Borba, Estremoz e Vila Viçosa onde se verifica algumas desadequações das infraestruturas atualmente existentes para a boa prestação de cuidados de saúde.

Nesse sentido, a Administração Regional de Saúde do Alentejo e a Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano assinaram com estes municípios e ainda com a Coração Delta – Associação de Solidariedade Social, o protocolo de cooperação “Reestruturação do Ambulatório do Hospital de Elvas em Clinica de Alta Resolução”.

Com a assinatura deste protocolo vão ser assegurados anualmente cerca de 40 mil consultas hospitalares, mais de cinco mil e quinhentos exames especiais dos quais 1200 de gastrenterologia e 2200 cirurgias.

Para além destes benefícios para os utentes, será possível entre outras dotar as áreas de cirurgia de ambulatório e exames especiais de gabinetes para os exames especiais, de uma área de recobro comum e ainda adquirir equipamentos essenciais para os exames especiais e cirurgias de ambulatório, sem prejuízo da manutenção dos equipamentos existentes operacionais.

A Rádio Campanário esteve presente na cerimónia de assinatura do referido protocolo e falou com Paulo Macedo, Ministro Saúde, que diz entender que “o Hospital de Elvas deve integrar o Serviço Nacional de Saúde e deve ter um conjunto de valências que sirva as pessoas da melhor maneira”.

O governante refere que “os hospitais não são para ter todas as valências, há áreas que devem estar concentradas e isso beneficia a saúde das pessoas, há outros serviços que pelo contrário devem ser próximos, e o que nós estamos aqui a materializar é um investimento em consultas, em cirurgias de ambulatório e também um conjunto de exames que hoje em dia não são feitos”.

Ricardo Pinheiro, presidente da Câmara Municipal de Campo Maior, diz que o protocolo assinado tem história, “desde que este conjunto de autarcas se reuniu em torno da compra do equipamento de TAC para o Hospital de Santa Luzia, mas acima de tudo tem história porque mesmo não sendo a saúde uma das áreas de responsabilidade direta das autarquias, percebe-se que o Hospital de Santa Luzia é um hospital que deve ser acarinhado e deve ser um momento de atenção e de ligação entre os autarcas”.

O Vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Viçosa destacou que no concelho, é a freguesia de S. Romão que regista uma maior procura no Hospital de Santa Luzia de Elvas, e o protocolo “é o alterar da filosofia deste hospital de ambulatório para uma clinica de qualidade em que são introduzidas novas especialidades que vão permitir que melhore a qualidade dos cuidados de saúde às populações”.

António Anselmo, presidente da Câmara Municipal de Borba salienta que a situação registada há cerca de um ano foi ultrapassada e “é evidente que quando Borba assina um protocolo destes é porque beneficia as pessoas de Borba, que está a 30 quilómetros de Elvas e é mais fácil vir a Elvas do que a Évora”.

Para Mariana Chilra, presidente da Câmara Municipal de Alandroal, há vários anos que os alandroalenses utilizam este hospital, “um hospital que tem uma importância enorme para a população do concelho de Alandroal, é um hospital que pela nossa experiencia funciona, ajuda as pessoas a resolver os problemas em termos de saúde e onde as pessoas se sentem bem”.

À reportagem da Rádio Campanário o presidente da Câmara Municipal de Estremoz, Luís Mourinha, refere que, não só os estremocenses mas todos os habitantes dos concelhos que assinaram o protocolo beneficiam porque “o número de idosos está a crescer e é um equipamento que vem salvaguardar a saúde, principalmente dos mais idosos da nossa região”, acrescentando, “é de valorizar”.

O presente protocolorepresenta um investimento de um milhão de euros, financiado em 85% pelo Programa Operacional Regional Alentejo 2020, o que corresponde a um montante de 850 mil euros.

Os restantes 15%, ou seja 150 mil euros, são financiados pela ULSNA, "Coração Delta" e pelos nove municípios que assinaram o protocolo.

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