O Município de Montemor-o-Novo regressou esta sexta-feira, dia 7 de julho, à época medieval, com a organização de um Banquete Manuelino, que teve lugar no Castelo de Montemor, com uma ementa pensada com o objetivo de recriar algumas das iguarias da época, garantindo a variedade gastronómica e transportando os participantes do Banquete para o ano de 1503 e para a corte de D. Manuel I.
Para além do banquete, a partir das 22:30h, o Paço dos Alcaides do Castelo de Montemor-o-Novo foi aberto a toda a população, onde houve lugar para um fantástico Espetáculo Renascentista, protagonizado pela Almanach, que contou com fogo, bailes e saltimbancos, de forma a retratar a época.
A Rádio Campanário esteve presente e falou com Olímpio Galvão, presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, a respeito desta festividade.
Em declarações à nossa redação, o presidente da autarquia montemorense começou por referir que “o objetivo é recriar a história e alguns momentos históricos que se passaram neste castelo, com alguma importância a nível nacional e mundial. Relembro que, nas cortes de 1496, o Rei D. Manuel I decidiu aqui, definitivamente, enviar a primeira expedição marítima para a Índia, que depois havia de ser capitaneada por Vasco da Gama, foi uma decisão histórica, tomada aqui no Paço dos Alcaides, no Castelo de Montemor-o-Novo, e sendo este castelo também de importância nacional, é um dos maiores, em termos de perímetro, sendo também o ex-libris de Montemor-o-Novo, sendo referência dos montemorenses, sendo um farol que todos os montemorenses têm na sua vida, há muitas pessoas que não abandonam o concelho com medo de deixar de ver o Castelo de Montemor, ou seja, é uma identidade própria, e é importante celebrar o castelo, é importante celebrar os momentos históricos que aqui se passaram e é importante fazer estas recriações, que são do gosto de toda a gente, há muitos anos que não se realiza aqui uma feira medieval, penso que a última foi em 2005, e vamos anunciar algumas novidades para o ano que vem. Isto diz muito aos montemorenses, esperemos que seja do agrado de todos, vamos recriar aqui algumas cenas da época de final do século XV, principio do século XVI, com um repasto, com alimentos da época, foi feita uma investigação histórica sobre aquilo que se consumia na altura, que também tem a ver com o nosso projeto da estrutura alimentar, de produtos locais, agricultores locais, produtos da época, e tem tudo a ver connosco, com o Alentejo, e com momentos históricos que dignificam o nosso território, Montemor-o-Novo, e é um grande orgulho para nós estarmos aqui a fazer este evento”.
Quanto à escolha do chefe que preparou o jantar, que é também montemorense, encaixa perfeitamente no que foi referido anteriormente por Olímpio Galvão. Quanto este tema, o autarca acrescentou que “o chefe Narigueta e o Miguel Dominguinhos, que percebe muito de vinhos, destas combinações e destas harmonizações, é um orgulho termos aqui os montemorenses a proporcionarem-nos este repasto, por isso será um momento de grande alegria, de grande prazer e de celebração de Montemor-o-Novo”.
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