O Lar de São Francisco, em Serpa, tem estado, desde o passado dia 24 de novembro, a viver momentos complicados, desde que foi detetado o primeiro caso de Covid 19 na instituição. A afirmação consta de um comunicado enviado já ao final desta tarde para a nossa redação, por parte da Câmara Municipal de Serpa.
De acordo com a informação enviada pela autarquia “desde o primeiro momento que a Câmara Municipal de Serpa está a acompanhar a evolução deste surto, através da Comissão Municipal de Proteção Civil, composta por elementos da autarquia, saúde pública, Segurança Social, GNR e Bombeiros” acrescentando ainda “ depois de definido pela Saúde Pública, criou uma estrutura para acolher utentes do lar, instalada no Pavilhão Carlos Pinhão, em Serpa.”
Conforme consta no comunicado “esta estrutura, denominada Zona de Concentração e de Apoio à População (ZCAP), montada em menos de 24 horas, com recurso a uma empresa externa, inclui vários módulos individuais com capacidade total para receber 22 pessoas. Paralelamente, foram pedidas e transportadas camas, cedidas pela Segurança Social e pelo Hospital de Beja, sendo que a autarquia alugou mais 10 camas articuladas e elétricas destinadas a pessoas com mobilidade reduzida. “
Segundo o Município, “o funcionamento deste equipamento suportado pela autarquia, tem um custo mensal de cerca de 7 mil euros”. A autarquia realiza ainda “o transporte da alimentação, bem como o transporte de roupas para desinfeção, da ZCAP para a Misericórdia.
A Câmara Municipal de Serpa disponibilizou ainda quatro casas na cidade, para os trabalhadores que fazem parte de uma brigada da Cruz Vermelha, acionada pela Segurança Social, de empresa contratada, bem como alguns trabalhadores do lar e que optaram por não regressar a casa.”
Neste momento, acrescenta o comunicado, “a situação no Lar de São Francisco está estabilizada, infelizmente com seis óbitos a lamentar, a cujas famílias a autarquia endereça as condolências. Desde o início do surto contabilizaram-se 75 utentes e 13 trabalhadores com teste positivo à Covid 19.”
“A autarquia tudo tem feito para apoiar a instituição, os trabalhadores, os utentes e também os seus familiares, que de um momento para o outro se viram a braços com um problema complexo. Este trabalho conjunto das várias entidades, coordenado pela Saúde Pública, está a contribuir para a melhoria da situação. Contudo, e como muitas outras coisas, demorará o seu tempo para que tudo volte à normalidade”, referem.