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Segunda-feira, Dezembro 2, 2024

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“Não podem restringir o consumo de água à população” enquanto o período de rega na Vigia “continuar a regar 24 sob 24 horas”, diz António Recto (c/som)

(Por Augusta Serrano) – Anunciado esta quarta-feira (19 de Julho) pela Comissão Permanente de Seca, criada pelo Governo, 15 municípios alentejanos irão ter restrições no uso de água devido ao período de seca na região.

O município de Redondo consta na lista, agora divulgada, e as restrições serão na utilização deste bem essencial para enchimento de piscinas, lavagens de carros, fontes decorativas e limitações na rega de jardins e hortas.

Em declarações à Rádio Campanário, o presidente do município, António Recto, diz que já foram tomadas “algumas medidas” por parte do executivo municipal, mencionando que “diminuímos a rega, e está a ser feita durante o período da noite”.

No entanto, reconhece que “é provável que haja necessidade de tomar outras”, referiu o autarca, exemplificando com as medidas divulgadas pela Comissão.

“Vamos ter que agir”, afirmou o autarca, “mas não vai ser só pelo consumo público ou das pessoas”.

Segundo António Recto, no que concerne ao período de rega, que que é preciso “ter em conta o período de rega na Vigia, que continua a regar 24 sob 24 horas”, acrescentando que “tem que haver restrições”, sobre o qual, justifica que “consome mais a rega num dia, do que consome o abastecimento público num mês”. Questão pelo qual considera ser matéria para discussão, mencionando que “tem que haver um compromisso sério de todas as partes”.

No que diz respeito aos serviços municipalizados, como as piscinas, o autarca indica ter requerido “um levantamento dos consumos de água” e esclarece que “se os consumos forem excessivos, teremos que tomar medidas para haver uma redução”.

O autarca acrescenta que, “não estou a pensar fechar as piscinas”, mas no entanto reconhece a necessidade de “alterar” para haver uma maior poupança, mencionando que “estamos sensibilizados para isso”.

António Recto confirma a abertura do município redondense para as soluções apresentadas pelo Governo, afirmando que as mesmas devem ser levadas a cabo por todos os municípios, sobre o qual, refere que “temos que pensar primeiro nas pessoas, e só depois pensamos no resto”.

O Autarca esclarece ainda que “não é água da rede que está a lavar as ruas” do município, acrescentando que “é água de captações, através de poços”, dizendo ainda que “são estes os cuidados que têm que existir”.

António Recto esclarece que o concelho redondense “está a ser abastecido por águas superficiais da Barragem da Vigia”, enquanto o concelho vizinho de Alandroal e o de Borba “é por captações de águas subterrâneas”, acrescentando que o concelho de Vila Viçosa pode, para já, não ter restrições, porque “as captações do concelho não desceram tanto” como nos concelhos limítrofes.

Segundo o autarca, a ligação entre o Alqueva e a Barragem da Vigia “é insuficiente” e diz que “se a barragem fosse só para abastecimento público, tínhamos água garantida”, relembrando que a água que entra na barragem, proveniente do Alqueva, “é insuficiente” devido ao período de rega.

Na sua opinião, é necessário “uma outra ligação ao Alqueva”, “até porque se prevê que o perímetro de (…) rega venha a ser aumentado em mais de 9000 hectares”, como referiu.

No final das suas declarações diz que as Câmaras “não podem estar a restringir o consumo de água á população, e depois, as mesmas pessoas terem perímetros pivôs a regarem no perímetro de rega da Vigia 24 sob 24 horas”.

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