Depois de dois anos de pandemia, a economia começa a mostrar sinais de retoma, nomeadamente no que diz respeito ao desemprego no nosso país.
A Rádio Campanário falou com Arnaldo Frade, Delegado Regional do IEFP relativamente aos números do desemprego no Alentejo.
O Delegado Regional do Alentejo começou por nos referir “os últimos tempos têm sido difíceis para as pessoas e para as instituições devido à pandemia que trouxe um arrefecimento à economia do ponto de vista dos postos de trabalho disponíveis” acrescentando inclusive que “no Alentejo, o desemprego também se ressentiu pese embora os apoios públicos nessa matéria .”
Apesar disso, refere Arnaldo Frade “em 2018 o Alentejo registava cerca de 16.000 desempregados no final do ano , em 2019 ficámos perto dos 15. 000 desempregados e a partir desse momento, com a situação sanitária instalada, concluímos o ano de 2020 com perto de 18.000 desempregados.”
Para Arnaldo Frade, “as coisas foram evoluindo e hoje em dia com a melhoria das condições para a retoma da economia, estamos a sentir uma evolução positiva do desemprego.”
Concretizando esta evolução positiva em números indica “encerrámos o ano de 2021 com 15.600 desempregados o que é um número inferior a 2018 e embora seja um número superior a 2019 , a variação não é muito grande.”
Para o delegado regional do Alentejo “há uma evolução que é positiva , a economia está a criar postos de trabalho refletindo-se inclusive naquilo que é público: a dificuldade das empresas em ocuparem esses postos de trabalho.”
No que diz respeito às ofertas de emprego reencaminhadas ao IEFP, Arnaldo Frade salienta “em 2019 verificou-se um decréscimo face a 2018 e em 2020 houve retração da economia com as ofertas a descerem para 7000.”
Ainda assim, conforme sublinha “ em 2021 o ano já encerrou com cerca de 4200 ofertas.”
“No que diz respeito às colocações elas não se fazem de forma direta” sublinha ainda o delegado regional do Alentejo adiantando que “é preciso que se encontrem pessoas que têm transporte adequado e que tenham as qualificações e o domínio das matérias necessárias para ocuparem esses postos de trabalho.”
Ressalva contudo, “ o esforço enorme que o IEFP faz na qualificação das pessoas e durante 2021 mesmo com as limitações da formação presencial foram envolvidas cerca de 18000 pessoas na formação profissional.”
Arnaldo Frade acrescenta “estamos em crer que esta abertura que vai fazer com que a economia possa desenvolver-se mais e crescer possa dar origem a ainda mais postos de trabalho e com o trabalho que procuramos fazer de qualificação das pessoas , estamos com alguma expetativa e com esperança de podermos atingir números ainda mais favoráveis.”
Apesar da indefinição existente com a situação do conflito armado que se vive na Europa, o Delegado Regional do Alentejo considera “mesmo não sabendo bem o que vai acontecer sentimos que existe uma melhoria nesta possibilidade de procurar empregar pessoas no mercado de trabalho por via daquilo que é o crescimento da economia em todos os setores.”
