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Segunda-feira, Abril 29, 2024

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O prazo dado pelo BE e PCP a Costa para resolver a questão da greve dos estivadores, os 600 milhões de euros necessários para a CGD, a denuncia de erros do poder político por David Justino, e os seis meses de governação do acordo à esquerda, no comentário

A Coordenadora Distrital de Évora do Bloco de Esquerda (BE), Maria Helena Figueiredo, no seu comentário desta sexta-feira, dia 27 de maio, falou sobre greve dos estivadores do porto de Lisboa, em que o BE e PCP dão uma semana a Costa para resolver a crise, dos 600 milhões de euros que a Caixa Geral de Depósitos necessita com urgência, do Presidente do Conselho Nacional de Educação, David Justino, que denuncia erros do poder político, e ainda dos seis meses de governação do acordo à esquerda.     

Maria Helena Figueiredo começou por comentar a greve dos estivadores, referindo esperar que “haja possibilidade de entendimento, de acordo, apraz-nos que o Primeiro-ministro esteja a fazer um esforço para resolver porque a situação dos estivadores não é uma situação nova, esta situação arrasta-se já há três anos, todos nós nos lembramos que é recorrente este anúncio de greve por parte dos estivadores e tem havido muitas situações de greve, não é uma situação fácil, até do ponto de vista jurídico, é sempre uma situação complicada porque os contratos de estiva são um pouquinho complexos, todavia o que está aqui em causa, é uma coisa muito clara, neste momento, no porto de Lisboa, o que acontece efetivamente, é a contratação de trabalhadores ao dia”, acrescentando que no Alentejo, “nós conhecemos muito bem o que era a praça da jorna, é isso que se passa com os estivadores neste momento. Há um conjunto de estivadores que são contratados pelos operadores e que tem um carater de estabilidade, e é relativamente a esses que há uma ameaça de despedimento coletivo”.

Diz ainda que são “320 estivadores (…) que estão em greve e começam com a greve às horas e ao trabalho extraordinário porque pretendem que não haja precaridade neste tipo de trabalho (…) porque todos os trabalhadores têm direito a ter um trabalho estável (…)”.

Sobre a necessidade da Caixa Geral de Depósitos encaixar em seis meses, 600 milhões de euros, expressa que não sabe exatamente “como é que o Ministro das Finanças vai encontrar os 600 milhões de euros para a recapitalização, penso que o problema não se põe só onde é que vai encontrar. A Comissão Europeia tem vindo a dizer que não aceita que o Estado recapitalize, que poderá considerar ajudas de Estado, a capitalização de um banco público com dinheiros públicos. Eu penso que tem que haver um reajustamento das áreas onde os dinheiros públicos são gastos. Os 600 milhões de euros terão de sair de pagamentos que são feitos indevidamente nas PPP, nas contratações que muitas vezes têm sido feitas a grandes escritórios, que trabalham para o Estado e muitos deles ligados a interesses de deputados e menos claros (…)”.

Sobre os seis meses de Governo e em que David Justino denuncia erros do poder político, diz que “ele denunciará o que entender, ele também foi ministro num outro Governo, em que foram feitos muitos despedimentos, mas não esqueçamos que 30 mil professores do ensino público foram despedidos, não houve esta agitação, os professores do ensino público não utilizaram crianças para vir para a rua e esperemos que não haja despedimentos, mas não nos podemos aceitar que se retire dinheiro á escola pública para transferir esse dinheiro para a escola privada (…)”.

       

          

 

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