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Sábado, Abril 27, 2024

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Olivicultores do Sul preocupados com preço da água que “quando atinge o valor final, poderá ter um valor incomportável para a cultura” (c/som)

O diretor técnico da Associação de Olivicultores do Sul (Olivum), Álvaro Labella, considera que um dos problemas que continua a afetar os olivicultores, mas também os agricultores em geral, é o preço da água.

Questionado pela Rádio Campanário, o diretor técnico da Olivum, Associação de Olivicultores do Sul, Álvaro Labella, diz que “nem todos os agricultores têm água disponível porque dentro da associação existem olivicultores que “já estão abrangidos pelo perímetro de rega de Alqueva, mas há muitos que estão fora do perímetro de rega e nunca irão ter essa água”, existindo alguns que recorrem a recursos próprios através de furos ou outras soluções, “mas também há pessoas que praticam a agricultura de sequeiro”.

No entanto, como refere o responsável, “a maioria dos associados são pessoas que têm olival de regadio e a maioria deles estão abrangidos pelo perímetro de rega de Alqueva que tem praticamente concluída a totalidade da área prevista”.

Mas salienta que a grande preocupação passa pelo preço da água que “quando atinge o valor final, poderá ter um valor incomportável para a cultura”.

Quando perguntado se tem havido conversações com a EDIA, Álvaro Labella diz que já houve reuniões com a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas de Alqueva, em que participaram não só os olivicultores, “mas também associações e produtores de outros setores agrícolas porque o preço da água é forte na nossa produção, onde a necessidade de água por hectare na cultura é maior que no olival”.

Álvaro Labella sublinha que “há um movimento geral por parte dos agricultores que estão abrangidos pela água da EDIA para pedir uma redução no preço para que não se torne difícil continuar a regar os nossos olivais, ou qualquer outro sistema onde a necessidade de água seja importante”.

Recorde-se que o presidente da EDIA avançou à Rádio Campanário, em julho deste ano que o preço da água da barragem “foi fixado em 2010 e varia entre os cerca de nove cêntimos para o fornecimento em alta pressão e os cerca de cinco cêntimos para o fornecimento em baixa pressão (…) por metro cúbico de água fornecida”.

Também nesta data, o presidente da EDIA avançava que caso fossem cumpridas algumas metas, nomeadamente a expansão dos 47 mil hectares e a otimização da fatura energética, valor despendido na bombagem e distribuição da água, a empresa poderia recomendar ao Governo “que baixe o preço da água”.

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