No Alentejo a época da Páscoa é vivida de forma especial, com festas, romarias, missas, procissões, mas um dos pontos mais centrais desta altura do ano é o borrego, o folar e a segunda feira passada no campo.
A tradição Alentejana apresenta, depois do “jejum pascal”, uma mesa rica em variedade com o rei da mesa, borrego, seja no forno ou em ensopado, nas suas formas mais tradicionais, faz as delícias dos que escolhem passar esta altura do ano nas planícies alentejanas, e sempre acompanhado por uma “boa pinga”.
Os alentejanos vão para o campo desfrutar da beleza primaveril, e esta tradição está de tal forma enraizada nos costumes da região que ir para o campo ganhou contornos de Romaria, e já não se sabe apontar quando é que este costume se iniciou ou o motivo pelo qual se começou.
Este é para as famílias um momento em que ambos o sagrado e o profano se juntam no mesmo espaço e convivem em momentos que para alguns são de devoção religiosa e para outros são de saudável convívio entre familiares e amigos, para além disso esta ida ao campo serve também para abrir o apetite e em muitos casos é uma data em que as famílias se juntam.
Num mundo em que o dia a dia é muitas vezes caótico, esta ida ao campo para comer o borrego é um momento em que as famílias põem as mesas e partilham momentos de alegria, calma, tranquilidade, boa gastronomia e boa bebida de baixo do bom clima que se faz sentir por estes dias.
Há, e sempre houve, quem em vez de ir para um campo aberto aproveitasse o bom tempo, como se faz sentir este ano, para ir para zonas perto de ribeiros ou barragens e aproveitassem este dia para se “banharem”.
