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Domingo, Abril 28, 2024

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Peregrinação (CR3): D. Rui Valério, lamenta a perda do sentido de comunidade e o aumento do individualismo.

Esta manhã, o Santuário de Nossa Senhora da Conceição em Vila Viçosa foi palco de uma peregrinação singular de fé e tradição, com a chegada de cerca de 80 militares do Regimento de Cavalaria nº 3 de Estremoz. Este ato de Fé, organizado pelo Regimento de Estremoz em conjunto com a Capelania do Exército Português, enquadra-se nas celebrações Pascais, foram escolhidos os Caminhos de São Tiago do Interior como rota até ao venerado Santuário, a morada da Padroeira de Portugal.

A Eucaristia que se seguiu à chegada, foi presidida pelo Bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança e Patriarca de Lisboa, D. Rui Valério, que simbolizou a união entre os valores militares e as tradições espirituais. “A presença destes militares aqui é um testemunho da nossa fé e da ligação profunda que existe entre as Forças Armadas e a nossa Padroeira”, revelou D. Rui Valério à Rádio Campanário.

Este Santuário, que anualmente se enche de fiéis provenientes de todos os cantos, tem nas Forças Armadas um dos seus mais assíduos visitantes. “Há uma força, um elo, que nos une, demonstrando a forte ligação entre as Forças da Nação, a segurança da nação, e Nossa Senhora da Conceição”, afirmou o Bispo, sublinhando a tradição que remonta à fundação deste vínculo histórico pelo Nuno Álvares Pereira, o Condestável do Reino.

Esta tradição secular tem sido um pilar para muitos militares que procuram no santuário um refúgio e orientação. “Muitas vezes, os militares vêm até aqui em busca de conforto e orientação nos momentos mais desafiantes das suas vidas”, partilhou D. Rui Valério, recordando o papel da fé nos momentos de incerteza e conflito.

A relação dos jovens com a igreja e a fé foi outro tema abordado por D. Rui Valério, que lamenta a perda do sentido de comunidade e o aumento do individualismo. “Nos dias de hoje, percebemos uma sede de espiritualidade nos jovens, mas o individualismo exacerbado tem afastado muitos da prática da fé”, adiantou, apontando para a necessidade de a igreja encontrar novas formas de envolver os jovens, incentivando a sua participação na vida comunitária e litúrgica.

“O desafio para a Igreja é grande, mas é precisamente no reforço da comunidade e na vivência partilhada da fé que podemos encontrar o caminho”, concluiu D. Rui Valério, evidenciando a importância da orientação espiritual e da abertura da igreja aos jovens, num esforço contínuo para responder aos desafios contemporâneos da prática religiosa.

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