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Domingo, Abril 28, 2024

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Portalegre: 300 empresas fecharam portas em 2015. Presidente do NERPOR lamenta dificuldades da câmara para criar e apoiar tecido empresarial (c/som)

Cerca de 300 pequenas empresas sediadas na zona de Portalegre, no Alto Alentejo, encerraram a atividade em 2015.

Em entrevista à Rádio Campanário, o presidente do Núcleo Empresarial da Região de Portalegre (NERPOR), Jorge Pais, declarou que “há a esclarecer que se trata de uma estimativa, uma vez que não existem dados rigorosos em relação a essa matéria, mas os indicadores de que dispomos e as informações que temos, apontam que será esse o número porque existem inúmeras pequenas e microempresas e até as chamadas nanoempresas (…) que experimentaram esse negócio como forma de sobrevivência (…) e que verificando que não tinham condições de subsistência acabaram por fechar as portas sem seguirem os trâmites habituais”.

Jorge Pais salienta que no NERPOR sentem a necessidade de serem “corresponsáveis pelo aparecimento de ferramentas de animação do tecido económico e de combate a esta flagelação que sentimos e que vivemos há muitos anos na nossa região e que não tem melhorado, talvez se tenha agravado e uma das componentes (…) é a de pequenos projetos com boas ideias e condições de afirmação e de crescimento e que muitas vezes não se iniciam por falta de condições (…) é isso que nos propomos fazer, ter tanto nas nossas instalações como a nível da coordenação da tal rede de incubadoras, (…) a criação de assistência técnica para essas empresas e esses projetos que queiram situar-se na nossa região, dar-lhes a mão e continuidade e não apenas uma mera cedência de espaço (…)”.

É nesse sentido que será criado, ainda este ano, um Centro de Empreendedorismo do Alentejo.

Um projeto que Jorge Pais espera venha a ser financiado, “no momento oportuno em que as candidaturas venham a ser abertas, naturalmente fá-lo-emos e perante a evidência da oportunidade e da necessidade de um projeto desta natureza, exista a sensibilidade política de que deve ser apoiado porque com esse apoio ou sem ele, já decidimos avançar”.

Quando questionado sobre se a Câmara Municipal de Portalegre tem criado dinâmicas e condições para que haja desenvolvimento no distrito, o presidente do Núcleo Empresarial da Região de Portalegre, refere que existe sempre “uma componente mais politica, eu acho que a câmara está extremamente interessada em que (…) este projeto se afirme (…) as dificuldades são de disponibilidade financeira para apoiar de uma maneira mais firme do ponto de vista material e isso é uma realidade com a qual temos que viver e procurar ultrapassar”.

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