A questão da sustentabilidade está cada vez mais na ordem do dia e é transversal aos principais setores da economia portuguesa.
Os vinhos prioduzidos na Herdade da torre, em Redondo, atentos a esta questão vão paresentar a partir de algumas alterações dando o seu contributo para uma maior sustentatibilidade.
Em nota enviada à nossa redação, os responsáveis dão conta que a partir de agora “todos os vinhos Courelas da Torre produzidos e engarrafados pela empresa Agrovinaz, Lda irão ser distribuídos e comercializados sem cápsula. “
A nota adianta ainda que “assente na continuação do plano de sustentabilidade em curso, a decisão da empresa prende-se sobretudo com a salvaguarda de interesses ambientais tendo em vista a redução das emissões de plástico e outros materiais não biodegradáveis. “
A Herdade da Torre localizada em Redondo foi património da coroa entre os Séculos XVII e XIX, pertencia ao restrito núcleo das propriedades inscritas no Cadastro Geral das Capelas Nacionais, distinção que apenas estava ao alcance de terrenos privilegiados e cujos instituidores foram, na maioria dos casos, elementos da nobreza ou da alta burguesia que se encontravam muito próximos do rei.
A partir do sec XIX a cultura da vinha, até aí muito fustigada por bactérias de vária ordem, começa a ganhar uma maior resistência a estas pragas, em grande parte devido à introdução de novas inovações técnicas das quais se destaca a plantação das chamadas “videiras americanas”.
O concelho de Redondo começa a produzir vinhos de excelência que são distinguidos nas principais Exposições Internacionais da especialidade como são os casos de Viena de Áustria (1873), Filadélfia (1876) e a Exposição do Palácio de Cristal do Porto (1880). A partir de 1891, Eduardo Barrancos e a sua esposa decidem começar a dividir esta grande propriedade em Courelas de vinha, azinho e cereais, terrenos bem delimitados (aproximadamente 20.000 metros quadrados cada) e vendidos posteriormente em parcelas a diversos interessados.
Com o falecimento de Eduardo Barrancos em 1894, o processo de divisão em courelas intensifica-se ainda mais e é nesta conjuntura que o bisavô dos atuais proprietários, após ter ganho um prémio na lotaria, adquiriu estas terras que, passando de geração em geração, até à presente data, continuam sendo conhecidas como as Courelas da Torre. Mais recentemente, a família Falé continuou a produção de uva, e em 2011, após o falecimento do patriarca da família, optou por dar início à vinificação na exploração as suas próprias uvas.
