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Domingo, Abril 28, 2024

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Rugby Clube de Borba afastado das meias-finais da 2ª Divisão. “Os regulamentos têm que ser cumpridos”, diz Luís Neves, Presidente da Federação Portuguesa de Rugby (c/som)

Apesar de ter sido a segunda melhor equipa da zona Sul/Lisboa, o Rugby Clube de Borba foi afastado das meias-finais da 2ª Divisão, por não ter cancelado, junto da Federação Portuguesa de Rugby a sua condição de clube satélite do Rugby Clube de Montemor, estabelecida em setembro de 2013.

Em declarações à Rádio Campanário o Presidente da Federação Portuguesa de Rugby, Luís Cassiano Neves, diz que “o regulamento determina que as equipas que sejam satélite de outro clube não podem aceder à divisão superior, neste sentido, Borba é desde há três anos, satélite do Rugby Clube de Montemor, e neste momento por impossibilidade regulamentar”, está impedido “de disputar as meias-finais e naturalmente no final, o acesso à divisão superior”.

Questionado sobre os clubes desconhecerem o regulamento, declara que “naturalmente os clubes têm desconhecimento da lei e dos regulamentos, mas não pode ser um facto que desculpe ou afaste qualquer irregularidade e nesse sentido, nós enquanto Federação Portuguesa de Rugby, enquanto regulador da modalidade, temos que garantir que os regulamentos são aplicados sem juízos, até porque tem que existir um princípio de certeza e de igualdade em condições de competição para todos os envolvidos”.

Luís Cassiano Neves salienta que um clube “que toma a decisão de há três anos se constituir como um clube satélite de um outro clube, partimos do princípio que existe conhecimento deste facto”.

Instado sobre a renovação dos contratos entre o clube principal e clube satélite, o Presidente da Federação Portuguesa de Rugby refere que findas as três épocas desportivas, existe a necessidade de serem renovados, caso seja esse o entendimento a fim “de poder estender esse acordo, a questão é que neste momento estamos no terceiro ano e ainda no prazo de validade inicial do acordo de clube satélite entre o Montemor e o Borba”.

Diz ainda que a comunicação da desvinculação de clube satélite e clube principal poderá ser feita por qualquer um dos clubes, no entanto, “o recomendável é que houvesse uma comunicação conjunta”.

Apesar de não competir à Federação Portuguesa de Rugby pronunciar-se, Luís Cassiano Neves defende que “por uma questão politica desportiva de cada um dos clubes, parece-me que clubes como o Borba e outros clubes, sem prejuízo da sua rica história, muito importante para a modalidade, vão tendo alguma dificuldade em termos de consistência. Há anos em que tem mais índice de jogadores inscritos, há anos em que tem menos e desta forma arriscam, inclusivamente a sanções desportivas associadas à falta de comparência em jogos, que são gravosas. E é nesse sentido que muitos clubes vão procurar acordos de clube satélite para garantirem que do ponto de vista da sua atividade desportiva, não há perigo de falta, de irregularidade em termos de participação com as consequentes sanções disciplinares e é por isso que a Federação assume que não havendo a denuncia dos contratos (…) mantem-se em vigor para salvaguardar a capacidade que estes clubes têm de continuar a participar com regularidade e com consistência nas provas nacionais”.

Tal situação implica “a impossibilidade de o Borba aceder e de disputar uma promoção à divisão superior, mas o clube, as gentes de Borba, têm que compreender que no seu processo de crescimento, o clube beneficiou, ainda que em teoria, desta salvaguarda que reforça a sua credibilidade e a sua capacidade para participar de forma regular nas competições”.

Ainda que não tenha sido utilizado nenhum jogador do clube principal, o Presidente da Federação Portuguesa de Rugby diz que “os regulamentos falam apenas da manutenção do vínculo e nesse sentido a Federação ficou de braços e mãos atadas (…) mas os regulamentos têm que ser cumpridos”.

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