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Sexta-feira, Outubro 4, 2024

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Se a decisão para o novo Aeroporto fosse Alcochete, seriam abatidos 250.000 sobreiros. Vendas Novas pode ganhar força.

No desenvolvimento do assunto do Novo Aeroporto, Alcochete tinha ganho força, mas Vendas Novas (que já foi Pegões) ganha agora uma “força ambiental”.

Se a decisão do novo aeroporto de Lisboa, recair em Alcochete, levanta preocupações significativas devido ao impacto ambiental, nomeadamente o abate de mais de 250.000 sobreiros. Essas árvores são protegidas por lei devido ao seu valor ambiental, e a reconversão de seus povoamentos é proibida. Os sobreiros desempenham um papel vital na conservação do solo, na regulação do ciclo hídrico e no sequestro de carbono.

A construção do aeroporto resultaria no abate de aproximadamente 90.000 sobreiros na cidade aeroportuária e mais 166.000 em várias áreas afetadas, além do abate de milhares de árvores devido à construção do ramal ferroviário de acesso. Essa escala de abate é muito maior do que qualquer outro caso de abate de sobreiros em Portugal nas últimas décadas.

Embora o interesse público seja uma exceção que justifique o abate dessas árvores, a lei exige compensação, com a plantação de 125% do número de árvores abatidas. No entanto, a qualidade e a escala dos povoamentos de sobreiros em Alcochete tornam essa compensação extremamente difícil, levando várias décadas para reconstituir um ecossistema semelhante.

Além disso, a taxa de sucesso das plantações de compensação é geralmente baixa, com uma média de apenas 10%. A Comissão Técnica Independente está a estudar alternativas para o aeroporto de Lisboa que minimizem esse impacto ambiental significativo. Este é um desafio complexo que exige um equilíbrio cuidadoso entre as necessidades de infraestrutura e a proteção do ambiente.

Foto: Agroportal

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