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Terça-feira, Novembro 5, 2024

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“Se houver habitação,há empresas de Évora em condições de trazerem para o Alentejo muitos trabalhadores”diz Pres. da CM de Évora(c/som)

 

O “Roteiro da agenda para o turismo no interior ”arrancou esta semana, em Évora, no Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo, e será o ponto de partida, com presença ativa no terreno, para a construção de uma Agenda para o Turismo no Interior , em proximidade e diálogo com empresas, instituições de ensino superior, municípios, associações e entidades públicas e privadas. Esta Agenda será composta por medidas e iniciativas para a valorização e afirmação do turismo no interior.

Nesta sessão de apresentação marcou presença o Presidente da CM de Évora, Carlos Pinto de Sá, com quem a Rádio Campanário falou. O Autarca questionado se as medidas até agora apresentadas serão as adequadas para existir um turismo sustentável na Região começou por referir “a questão do desenvolvimento da Região não se coloca apenas no Turismo tal como há alguns anos se tinha afirmado o que se veio a manifestar catastrófico para o interior” especificando “abandonou-se a agricultura e um conjunto de outros setores e essa situação teve consequências muito significativas, nomeadamente a desvalorização de quem trabalha a terra.”

Ainda Assim o Autarca sublinha “o turismo é de facto essencial que tem que ser interligado com outros setores” sublinhando “nós precisamos de um conjunto de medidas globais de política pública para poder, primeiro travar o despovoamento e depois inverter esta tendência.”

Na sua opinião estas medidas devem ser globais e não setoriais defendendo o Autarca “uma política nacional de desenvolvimento regional que defina objetivos , recursos e avaliação em cada região, o que continua a não ser feito no país.”

Para Carlos Pinto de Sá o “turismo precisa de ter em conta a especificidade do território” sublinhando que, tal como foi afirmado “os turistas estão concentrados 90% no litoral do País o que, na sua opinião, “é natural pois os turistas vão para onde têm melhores condições.”

Não nos falta potencialidade no Alentejo ou em Évora mas o que precisamos mesmo é de garantir condições, por um lado de acessibilidades ao interior e por outro lado, de produtos turísticos que levem as pessoas a vir para o interior” adiantou ainda o Autarca Eborense.

Na sua opinião “são necessárias acessibilidades que passem pelo interior do País e precisamos de dar condições para que os produtos turísticos se desenvolvam, apoiando o mundo empresarial e também criar condições institucionais para que existam outras ofertas turísticas na região.”

Relativamente à necessidade de fixar pessoas no Alentejo, Carlos Pinto de Sá refere “nós precisamos de ter pessoas no Alentejo e para isso temos que lhes dar condições, nomeadamente rendimentos compatíveis com a sua fixação tendo em consideração as despesas inerentes à mesma que, como sabemos, a maior parte diz respeito à habitação.”

Nós precisávamos de ter aqui um projeto de habitação em que fosse possível no interior criar condições de habitação , a curto prazo, na ordem das centenas de camas no sentido de que quem queira instalar-se na região perceba que tem condições de habitação a preços compativeis com os seus rendimentos” acrescenta.

Ainda a este propósito o Autarca refere “quando existirem estas condições, nós temos em Évora um conjunto de empresas que mobilizam de imediato trabalhadores portugueses e estrangeiros para resolver este problema.”

Carlos Pinto de Sá conclui referindo que “a mobilidade e a habitação são dois pilares fundamentais, ainda que existam outros”, reiterando novamente a importância das acessibilidades, sobretudo a ferroviária.

 

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