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Sábado, Abril 27, 2024

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Sec. de Estado do Desenvolvimento e Coesão aprova 12 milhões para financiamento de investigação anunciando que já no mês de maio serão aprovados os primeiros projectos autárquicos (c/som e fotos)

A cerimónia de assinatura de Termos de Aceitação de projetos de investigação cientifica e tecnológicos aprovados pelo Alentejo 2020, decorreu, esta quinta-feira, 28 de abril, no auditório da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo.

Nesta sessão esteve presente o Presidente da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Paulo Ferrão, o Secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, Nelson Souza, e ainda diversas entidades locais.

A Rádio Campanário esteve no local e falou com ,o governante,sobre a pertinência da execução das candidaturas aprovadas para a região que asseverou que” estes projetos podem não produzir resultados imediatos a nível da criação de postos de trabalho ou das exportações mas são projetos que apostam na consolidação do futuro deste território”. Acrescentando que “ conhecer e valorizar as potencialidades de um produto regional é criar riqueza, portanto , considero que este dinheiro comunitário do qual se esperam obterem resultados será muito bem empregue”.

Defendedo que “ o conhecimento é muito importante para nós criarmos perspetivas para o futuro ,quando nós conhecermos melhor e valorizarmos, por exemplo, as potencialidades da flor do cardo para efeitos de aplicação e para dar maior consistência à produção de queijos tradicionais ou dar-lhe valorização e utilização em produtos farmacêuticos e cosméticos estamos a criar um valor acrescido e depois, claro, também temos que ter empresas e empreendedores capazes de pegar nestes desenvolvimentos para que possam transformá-los em novos produtos e serviços”.Portanto” temos que trabalhar hoje para não desperdiçar os recursos unicos e diferenciadores da região”.

O Secretário de Estado do Desenvolvimento e Coesão, declarou ainda que “ quando tomamos posse encontramos uma situação em que os fundos estruturais estavam francamente atrasados em matéria de execução, passados quatro meses duplicamos o que estava pago no terreno”. Realçando que “ não conseguimos fazer melhor porque o que encontramos já estava tudo negociado e nós não temos capacidade de renegociar tudo se não demorávamos mais um ano a fazê-lo portanto naturalmente continua em atraso visto que a economia portuguesa necessita muito mais dos fundos estruturais nesta crise económica do que em períodos anteriores adquire por isso uma dimensão de urgência”.

Relativamente ao fomento do investimento das autarquias, Nelson Souza, refere que “ estamos a desatar os nós sendo que neste mês de maio iremos aprovar os primeiros projetos das autarquias locais”.

A esta Estação Emissora o Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, Roberto Grilo, afirma que “ recebemos 44 candidaturas das quais 24 foram aprovadas num valor total de FEDER correspondente a cerca de 12 milhões esgotando assim a verba disponível neste âmbito mas é obvio que as dotações são reforçadas e com novos avisos e estamos a falar de um valor de despesa elegível na ordem dos 15 milhões”.

Instado a comentar sobre as áreas visadas nos projetos, o Presidente da Autoridade de Gestão Alentejo 2020, expressa que “  o agro-alimentar, as questões minerias e as questões ambientais são apenas alguma das áreas que têm um alinhamento com a nossa estratégia regional de especialização inteligente que se irão cruzar num conjunto de projetos e parcerias entre as várias entidades ”.

Questionado relativamente à possível assimetria entre os beneficiários, Roberto Grilo, assegura que “ não diria que existe uma discrepância, a Universidade de Évora tem um trabalho de investigação ao longo dos anos que se aprofundou mais do que os politécnicos que também estão representados nestes projetos.” Adiantando que “ estes institutos são mais recentes mas acredito que futuramente terão capacidades para maximizar a sua presença, estão a trabalhar nesse sentido e seguramente a breve prazo vamos perceber que eles se envolveram”.

A reitora da Universidade de Évora, Ana Costa Freitas , defendeu que “ temos um corpo de investigadores  bastante extenso, temos uma responsabilidade acrescida visto que ficamos como líderes em 17 das candidaturas aprovadas e que praticamente iremos colaborar com quase todos os projetos”. No seu ponto de vista “ correspondemos às expetativas o que demonstrou o nosso empenhamento e a nossa capacidade científica bastante elevada”.

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