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Sexta-feira, Outubro 11, 2024

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Taberna O Barranquenho: “Vinhos, petiscos e tradição”…uma experiência única e diferenciada em Moura (c/som)

Luís Rico tem 31 anos e é o proprietário do Restaurante-Taberna o Barranquenho, em Moura

O local, com este nome desde 1983, está sob esta gestão há um ano e meia e conforme explica o seu proprietário à RC “tentámos quando abrimos há um ano e meio manter o mesmo nome e manter a tradição desta casa.”

O jovem, que acredita que nada acontece por acaso, explica que entrou neste ramo quando “a proposta lhe surgiu numa altura em que trabalhava no Algarve, mas “onde já não me sentia muito bem porque estava numa zona onde o turismo é um turismo de massas e onde o cliente é apenas mais um, e onde não me sentia valorizado.”

Este negócio, explica, “aconteceu no momento certo porque eu estava um pouco desmotivado.”

Passou do conceito tradicional de uma tasca para um conceito diferente, um conceito de tapas e petiscos.

O objetivo, dá-nos a conhecer “ é aliar a tradição a conceitos novos por forma a proporcionar aos clientes uma experiência diversificada.” Ligado a Barrancos por laços familiares quer “que os clientes se sintam em casa e quer mostrar um pouco da sua essência” sublinhando que “a experiência tem sido muito boa com grande aceitação dos clientes não só pelas pessoas da terra mas por todos os que vêm de fora.”

O que diferencia este espaço de outros? Luís responde “incutimos nos nossos pratos aquilo que comíamos em casa: as batatas da Avó Ana, os Calamares do Tio Estevão, o frango frito da Avó Bia, são tudo pratos que tínhamos em casa e demos-lhe um toque mais requintado e moderno; As pessoas quando vêm à nossa casa e provam estes pratos recordam os seus tempos de infância.

Para além da paixão pelo seu restaurante, Luís Rico é também apaixonado mas canta apenas por divertimento.

Para o restaurante transportou a música e refere “aqui o cante é muito espontâneo e muito respeitado por todos os que cá vêm, criando uma interação entre os clientes e quem vem de fora gosta muito deste conceito” explicando ainda que também algumas vezes conta com a animação de um outro Grupo, do qual faz parte a sua irmã, e que muitas vezes, ao fim de semana, anima o local.

“O cante aqui é de improviso porque são as nossas raízes e acho que o espaço se adequa a isso mesmo, as pessoas sentem-se muito bem e respeitam a tradição” adiantou ainda.

Luís esteve sete anos fora do Alentejo, mas diz que muitos são os turistas que visitam Moura e o seu espaço “clientes Espanhóis, Ingleses, do norte de Portugal, Lisboa, e isso é muito bom porque sentimos que a região está a crescer turisticamente.”

O proprietário do Barranquenho realçou ainda que o conceito deste restaurante “é muito de partilha, incutimos ao nosso cliente que partilhe para que todos possam experimentar.”

O lema do espaço é “vinhos, petiscos e tradição” e Luís acredita que “é isso que as pessoas procuram: o vinho é servido num copo tradicional de taberna-copinho de 3, os petiscos são diferenciados , rodamos a carta várias vezes por ano ”.

Os vinhos são da região Alentejo, especialmente da zona onde o restaurante se situa, e Luís explica ”tudo isto faz com que as pessoas, quando entram aqui, sentem um ambiente diversificado e que vão provar algo que os vai marcar.”

A abertura aconteceu em plena pandemia mas a vontade e o acreditarem estiveram sempre na mente dos que abraçaram este projeto juntamente com Luís.

“As pessoas quando dizem que o Alentejo não tem oportunidades , não é real; as pessoas procuram o que tem qualidade e o que é diferenciado e foi isso que nós tentámos fazer” adiantou ainda.

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