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Sábado, Abril 27, 2024

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Turistas terão segurança sanitária assegurada no Alentejo e Ribatejo

O Presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, António Ceia de Silva, na Web Conferência do Publituris, que debateu o futuro do turismo, referiu que já “há um mês que [a entidade está] a trabalhar na questão da segurança sanitária” quando ainda pouco se falava em certificações de condições de segurança sanitária nos estabelecimentos.

O responsável explicou que a certificação dos agentes turísticos da região sempre fez parte da estratégia de posicionamento de qualidade da região e que, já há algum tempo, que a ERT vinha a efetuar a certificação da restauração, do alojamento, e estava a trabalhar na certificação do Turismo em Espaço Rural no período pré-COVID-19.

Para Ceia da Silva “a questão dessa percepção de segurança por parte do turista seria essencial para o conquistarmos. Estamos a trabalhar com a própria Secretaria de Estado, Turismo de Portugal, AHP, APECATE, AHRESP e a DGS no sentido de criarmos de facto esse modelo de certificação sanitária”, revela, sublinhando que a mesma deve ser diferente e ajustada à realidade de cada região turística e aos diferentes tipos de alojamento turístico e restantes atores da atividade turística.

Refere ainda que “quando falamos de certificação entendemos que devia ser mais ampla, porque tem de chegar ao Turismo em Espaço Rural, porque vai ser, na minha opinião, bastante procurado nesta fase”.

Esta certificação do Turismo do Alentejo e Ribatejo deve estar em ação no prazo de 15 dias, perspetiva o responsável.

Perante esta situação de distanciamento social considera que a região tem aqui uma oportunidade e vantagem, “O Alentejo e esta zona da Lezíria têm vantagens comparativas em relação ao resto do país. Em primeiro lugar, porque tem poucos casos e porque é uma região de horizonte, de tranquilidade, não é uma região de grandes aglomerados em comparação com outros destinos”.

Para o presidente as unidades devem ter “como principal preocupação transmitir ao cliente os critérios e tudo aquilo que está a ser feito em termos de segurança sanitária na sua unidade e depois a sua certificação. Tudo isso serão motivos para transmitir confiança ao turista que queira visitar”.

Esta transmissão de segurança e confiança ao turista que pretende visitar o Alentejo e Ribatejo é estratégia unânime entre os profissionais que integraram o painel da Web Conferência do Publituris. Miguel Melo Breyner, diretor-geral do Évora Hotel, salientou que “somos dos setores mais bem preparados para agora tratar desta segurança sanitária e temos de passar esta imagem aos nossos clientes. Temos que ter formação e medidas definidas, temos que reabrir moderadamente e transmitir esta confiança.” Entre as medidas que a unidade hoteleira pode vir a adotar, o responsável hoteleiro deu alguns exemplos que estão a ser pensados, desde o check-in e check-out online, a desinfeção da bagagem dos hóspedes à chegada, o buffet assistido ou os pequenos-almoços servidos e até mesmo nos quartos.

João Dias, proprietário do Restaurante Taberna Quarta-feira, em Évora, defende que “as pessoas querem vir ao Alentejo e temos de trabalhar para essas pessoas, garantindo a confiança e que se sintam seguras”. Para o empresário a principal preocupação é “garantir essa segurança às pessoas”.

A presidente da direção da Associação Rota Vicentina, Marta Cabral, fala do bom exemplo das empresas turísticas portuguesas ao terem fechado antes mesmo de serem obrigadas a fazê-lo e frisa que, enquanto país, é importante “continuar a mantermo-nos bastante unidos politicamente e socialmente”.

O Turismo do Alentejo e Ribatejo vai lançar no final de maio e início de junho um “grande plano de promoção no mercado interno”. Segundo o presidente, esta campanha visa transmitir “sensação de confiança, de segurança ao turista e aquilo que somos, uma região única que reúne um arco-íris de oferta, património ao outdoor, as atividades de Turismo natureza, as praias, ao Alqueva. É uma região com excelente gastronomia e um bom vinho”.

O responsável refere que a entidade pretende combater o medo e a insegurança que se vive atualmente “transmitindo confiança”.

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