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Sexta-feira, Abril 26, 2024

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Curso de medicina em Évora “é um objetivo da Universidade e não uma decisão política”, diz reitora da UÉ (c/som)

A falta de médicos no interior do Alentejo é cada vez mais um dos problemas que afetam a região. Com os avanços relativamente ao novo Hospital Central do Alentejo, em Évora, são cada vez mais a vozes que clamam por um curso de medicina na academia eborense.

Neste sentido a Rádio Campanário procurou saber junto de Ana Costa Freitas, reitora da Universidade de Évora, a sua opinião sobre esta problemática, bem como os passos que estão a ser dados para tentar mitigar a falta de médicos no Alentejo.

Em primeiro lugar, Ana Costa Freitas considera que a abertura de um curso de medicina em Évora “não será uma decisão política, será uma decisão nacional, o ensino superior em Portugal não é visto para uma universidade, é visto para o global do país”.

A reitora reconhece que “temos falta de médicos em Portugal”, acrescentando que “temos uma massificação do ensino de medicina nas grandes universidades que não me parece que seja benéfica”. Ana Costa Freitas justifica esta massificação com “aulas em anfiteatros com 300 ou 400 pessoas”, o que na sua opinião não será o caminho mais correto “penso que provavelmente existem outros modelos para ensinar medicina”.

Ana Costa Freitas considera que com um curso de medicina em Évora “a qualidade de vida aliada ao facto de os estudantes de medicina estarem 5 anos numa região, torna mais fácil vir a fixar esses futuros médicos na região que os acolheu durante a sua formação académica”.

“O novo Hospital Central do Alentejo dá-nos condições específicas e especiais para podermos ter um curso de medicina”
Ana Costa Freitas 

Questionada pela RC sobre as palavras da ex-ministra da saúde, Maria de Belém Roseira, que considera que o curso de medicina em Évora tem de ser muito bem analisado, Ana Costa Freitas explica que “não se cria um curso de medicina de um dia para o outro”, acrescentando que a Universidade de Évora “primeiro irá implementar um centro académico clínico”, que se espera que venha a ser reconhecido.

A reitora da Universidade de Évora afirma que “começámos por fazer um trabalho em termos de investigação”, referindo que “os nossos docentes da Escola de Enfermagem e dos departamentos de Desporto e Saúde estão integrados no Centro de Investigação da Universidade Nova de Lisboa (classificado como excelente).

As parcerias entre a Universidade e o Hospital de Évora “são cada vez mais”, o que leva “a consolidar a investigação na área e só depois a avançarmos para o curso de medicina”.

Ana Costa Freitas considera ainda que o novo Hospital Central do Alentejo “vai criar mais lugares de especialidade”, voltando a referir que um possível curso de medicina em Évora “é um objetivo da Universidade e não dos partidos”.

 

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