As previsões agrícolas, a 31 de julho, apontam para um desenvolvimento normal das culturas de primavera/verão, não se prevendo por isso variações significativas de produtividade. Os dados foram avançados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que, para a atividade vitivinícola, prevê um aumento de 10% na uva para vinhos e de 5% na uva de mesa. O mesmo documento indica que a campanha dos cereais de outono/inverno registou um aumento global da produção.
A Rádio Campanário falou com o diretor da Associação dos Jovens Agricultores do Sul (AJASUL), Manuel Silveira, que corrobora as previsões do INE. O responsável referiu que o ano agrícola tem sido bom, principalmente quando comparado com o ano passado, que ficou marcado por uma seca extrema e resultados negativos em quase todas as culturas. Apesar dos bons resultados na produção agrícola, o diretor da AJASUL disse que a balança comercial está dependente, principalmente, dos preços de venda dos produtos que, por exemplo no caso dos cereais, este ano devem descer, uma vez que há muita oferta, contrastando com o ano transato em que a procura ultrapassou a oferta, causando a subida de preços.
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Criada há cerca de 30 anos, a AJASUL é hoje uma associação para agricultores de todas as idades. Com sede em Évora, está também presente em Reguengos de Monsaraz e Portel, sendo que os sócios atuam, principalmente, nas áreas do cultivo de cereais, vinhas, pecuária e montado.
Relativamente ao documento publicado esta terça-feira pelo INE, pode-se ainda ler que, pelo terceiro ano consecutivo, prevê-se um aumento da superfície de milho de regadio, confirmando-se assim,” a tendência para o investimento nesta cultura, a qual revela um setor progressivamente mais dinâmico e competitivo.” Nos pomares registam-se aumentos consideráveis na produtividade da pera e da maçã, enquanto no pêssego e na amêndoa as condições climatéricas determinaram reduções nos rendimentos unitários.
