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Sexta-feira, Abril 26, 2024

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Navegação no Guadiana até Mértola vai ser objeto de estudo

A Docapesca – Portos e Lotas, SA vai avançar com um estudo para identificar as infraestruturas fluviais de apoio necessárias com a intenção de dinamizar a navegação no rio Guadiana, entre Vila Real de Santo António e Mértola, anunciou o presidente da empresa.

Em declarações à Lusa, Sérgio Faias disse que “pretendemos dinamizar a navegação no Guadiana, colocando o rio ao serviço das populações e para que a atividade turística se possa desenvolver, valorizando todo o habitat do estuário e o seu património natural”.

Segundo o responsável, o levantamento e planeamento das infraestruturas náuticas vai ser feito em conjunto com as autarquias de Mértola, no distrito de Beja, e de Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António, no distrito de Faro, ao abrigo de um protocolo assinado na passada terça-feira.

“O envolvimento dos quatro concelhos tem a ver com a perspetiva futura da transferência de competências das autoridades portuárias para os municípios, uma vez que dentro de algum tempo poderão ser eles a gerir essas zonas do estuário do rio”, apontou o presidente.

Sérgio Faias adiantou ainda que o estudo pretende também fazer a caracterização socioeconómica das diferentes comunidades ribeirinhas no estuário do rio Guadiana, entre Vila Real de Santo António e Mértola, “para que cada município possa perspetivar quais os investimentos que melhor sirvam as populações”.

Além disso, o documento “permitirá planear e identificar as necessidades, até mesmo no troço em que faltam concluir as dragagens para a navegabilidade entre o Pomarão e Mértola”.

De acordo com o presidente, a Docapesca, como a autoridade portuária com jurisdição do rio Guadiana, “investiu, desde 2014, cerca de 600 mil euros para melhorar as condições de segurança e de apoio à navegação, nomeadamente na reabilitação e substituição de infraestruturas existentes”.

“Desde que a Docapesca assumiu a jurisdição do Guadiana, após a extinção do IPTM [Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos], o investimento feito incidiu na segurança e substituição de equipamento existente e não na identificação de potenciais novas infraestruturas que melhorassem, de facto, o aproveitamento daquilo que é o potencial da via navegável, como o vamos fazer agora, para potenciar o futuro dos novos utilizadores do rio”, concluiu.

Recorde-se que a Docapesca é uma empresa do setor empresarial do Estado, tutelada pelo Ministério do Mar, que tem a seu cargo, no continente, o serviço de primeira venda de Pescado, bem como o apoio ao setor da pesca e respetivos portos.

Com Lusa.

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