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Sexta-feira, Abril 26, 2024

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“Trabalhar em rede e de mãos dadas é fundamental para minimizar o sofrimento”, diz D. Francisco Senra Coelho (c/som e fotos)

Decorreu no passado sábado, 26 de janeiro, no Seminário Maior de Évora, o Conselho Diocesano da Pastoral da Saúde, organizado pela Comissão Diocesana da Pastoral da Saúde.

O Conselho contou com a presença do Sr. Arcebispo de Évora, D. Francisco Senra Coelho, que aos microfones da Rádio Campanário abordou algumas das problemáticas que afetam a região Alentejo.

Para D. Francisco Senra Coelho, “o sofrimento é um conceito muito alargado, não se reduz apenas a dor física (…)  tem a ver com as circunstâncias da vida, com a dimensão da perca, do luto, com a problemática da desintegração”.

O Arcebispo refere que “nós somos uma região muito feliz, vivemos num ambiente de paz e de segurança, existe um conforto social que nos vem de uma região ecologicamente muito equilibrada, somos uma quase uma reserva ecológica da europa”.

“Viver no Alentejo é um Privilégio”

D. Francisco Senra Coelho

No entanto, D. Francisco afirma que, “todavia, não podemos esquecer circunstâncias muito concretas para as quais eu alerto, somos uma região com elevado índice de idosos onde as novas gerações partiram, e por isso temos um elevado índice de solidão na 3ª idade. Talvez por isso aconteça uma realidade absurda, nesta casa Alentejo, que é o elevado número de suicídios. Temos depois situações de doença, a nível de depressão e outras situações.”

O Sr. Arcebispo refere ainda que “A realidade da solidão, a falta de apoio necessário, para o sofrimento os cuidados paliativos não são químicos, é uma questão de humanização da sociedade. É aqui que se insere a missão da igreja, esta presença, esta proximidade, este estar com as pessoas”.

Como principais desafios para a igreja, D. Francisco Senra Coelho, realça a “importância de mobilizar as boas vontades, os voluntariados, alargar a pastoral da saúde não apenas a pessoas crentes”. “Fruto da evolução da medicina vai-se mais cedo para casa, logo tem de existir uma atenção muito grande dos visitadores de doentes”. “Um visitador de doentes recebe muito mais do que dá, é um ser humano que ao ver o brilho nos olhos do ser humano que é visitado, encontra também brilho para o seu coração “.

O Sr. Arcebispo terminou a sua declaração a esta emissora enaltecendo que “trabalharmos em rede e de mãos dadas é fundamental, o sofrimento é algo que está presente em todos os seres humanos, no sofrimento somos todos iguais, por isso a igreja está com todas as pessoas que sofrem”.

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