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Vila Viçosa: Livro “Escola Prática de Cavalaria – Memória” apresentado onde tudo começou há 123 anos (c/som e fotos)

Vila Viçosa recebeu, no passado domingo (16 de setembro), o lançamento do livro “Escola Prática de Cavalaria – Memória (1890-2013)”,no âmbito cerimónia militar comemorativa do Dia da Arma de Cavalaria e dos 311 anos do Regimento de Cavalaria 3 (RC3).

Em exclusivo á RC, o Chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte, sublinha que “a memória é algo que nós temos que preservar com muita intensidade”, algo onde o Exército “tem obrigações fortíssimas nesse contexto.

“Tudo o que seja para preservar a memória e realçar os valores nacionais, o Exército apoia”

 

É nesse sentido que surge o lançamento deste livro, que tem como tema central a Escola Prática de Cavalaria extinta em 2013, em Abrantes, motivo pelo qual afirma que “tudo o que seja para preservar a memória e realçar os valores nacionais, o Exército apoia com certeza e desenvolve todos os esforços possíveis e mais alguns”.

Também a esta estação emissora, o Comandante do Regimento de Cavalaria 3, coronel Paulo Ramos, afirma que “ainda é muito cedo para fazer uma avaliação”, quando questionado sobre o encerramento da Escola anteriormente sediada em Abrantes.

“A extinção aconteceu há cinco anos e foi resultado de um conceito de unir as escolas num processo de evolução do Exército em que os efetivos se reduziram”, explicou o coronel, realçando que a determinada altura, tinha “cinco escolas de cinco armas que tinham reduzido as suas missões”.

Resta agora, “encontrar formas e processos de continuar a criar esse espirito” na Escola das Armas

 

Fazendo referência ao “fator anímico e da criação do espirito de cavalaria”, que ao ouvido comum é qualquer coisa como cultura institucional, o coronel Paulo Ramos sublinha que, resta agora, “encontrar formas e processos de continuar a criar esse espirito” na Escola das Armas, ao mesmo tempo que se procura “atingir a missão”, que é formar jovens cavaleiros, oficiais, sargentos e praças de cavalaria, explicou.

Já o major-general José Braga, coordenador, explica que o livro é “uma obra coletiva de muitos oficiais, muitos deles já em situação de reforma” sobre a Escola Prática de Cavalaria, que teve o início da sua história em Vila Viçosa entre 1890 e 1902.

“Extinta em Abrantes em 2013, depois de passar por Torres Novas e Santarém”, esta última localidade onde foi fortemente associada nas últimas décadas muito devido a Salgueiro Maia e o 25 de abril, tem agora “mais uma memória de uma unidade do Exército que durante 123 anos serviu o país, com a “feliz coincidência” de ser apresentada na localidade onde tudo começou, disse o major-general.

Ausência de uma Escola Prática própria, no caso da Cavalaria, “dificulta a transmissão desses valores às gerações mais novas”

 

Pessoalmente posiciona-se “contra a extinção da Escola Prática”, afirmou o major-general José Braga, referindo que as Unidades Militares “tal como tudo na vida, nascem, vivem, têm um percurso e morrem”, neste caso, “fruto de mais uma reestruturação do Exército”.

Questionado sobre o modelo de formação, na sua opinião, o major-general considera que o aspeto que pode não ser tão positivo é “a formação nos valores, normas e códigos”, suportando a afirmação com, “as armas do Exército têm diferentes idiossincrasias”. Nesse sentido a ausência de uma Escola Prática própria, no caso da Cavalaria, “dificulta a transmissão desses valores às gerações mais novas”.

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