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Domingo, Abril 28, 2024

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“Um bombom ou umas meias no sapatinho…O pouco era muito! Recordo com saudade esses Natais!” diz Joaquim Trindade(c/som)

O Natal é uma das épocas do ano onde os valores da solidariedade, da partilha e especialmente da união da família se revelam particularmente.

Valores que se foram mantendo ao longo dos anos ainda que o Natal dos dias de hoje seja vivido de uma maneira diferente do que se vivia há largos anos atrás.

A sociedade evoluiu, a inovação tecnológica deu também o seu contributo e as pessoas foram, ao longo tempo, alterando comportamentos e mentalidades.

Mas afinal como se vivia o Natal antigamente? Foi o que a Rádio Campanário foi tentar saber junto de alguns residentes em Vila Viçosa.

Joaquim Trindade, tem 78 anos, recorda com saudade a beleza e as tradições do Natal de outrora. O Natal era vivido na rua, com a família, com os amigos, com os vizinhos…a alegria era uma constante e do pouco se fazia muito.

Joaquim Trindade não tem dúvidas “hoje em dia tudo é diferente, a juventude não sente esta época do ano com a mesma intensidade.”

O espírito natalício de antigamente era genuíno, sem o factor “consumista” que se faz sentir nos dias de hoje.

“Um bombom , uma tablete de chocolate, umas meias….eram os presentes que encontrámos no sapatinho debaixo da árvore de Natal e ficávamos muito felizes! Naquela altura, do pouco se fazia muito….”

Nos dias de hoje, o Natal está muito direcionado para as “compras”, o que antigamente não via.

Joaquim Trindade recorda com saudade o natal dos seus 11 ou 12 anos. Descreve a noite de Natal naquela altura como “uma noite muito bonita”.

O dinheiro era curto mas ao redor de um lume de chão, com a família reunida, “comíamos o que havia mas era sempre uma noite feliz onde não faltava o cantar ao menino.

Na altura, “de uma lata fazia-se uma ronca e corríamos as ruas a cantar ao menino…são memórias que me emocionam sempre.”

Apesar de à data as famílias serem mais unidas, hoje a reunião das famílias ainda continua a ser ponto alto desta celebração.

Os tempos mudaram mas o brilho do natal não esmoreceu para quem o viveu de forma muito diferente noutros tempos.

Joaquim Trindade, continua a celebrar a data com os mesmos valores e a mesma dedicação, especialmente à família que tem. Mas a nostalgia de anos passados é uma constante e sublinha “a tradição já não é o que era e hoje recordo com muita saudade o Natal dos meus tempos de criança.”

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