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Vendas Novas quer retificação da localização do aeroporto de Pegões

iseg.ulisboa.pt

O Município de Vendas Novas quer que a proposta de localização do novo aeroporto com a designação “Pegões” seja retificada para refletir que os terrenos indicados nessa solução pertencem ao concelho do distrito de Évora, disse o vice-presidente, Valentino Cunha.

A autarquia de Vendas Novas defendeu, em comunicado, que a proposta em causa, uma das anunciadas pela Comissão Técnica Independente para passar à fase de estudos para albergar o novo aeroporto de Lisboa, foi “erradamente” designada por “Pegões”, quando os mapas disponibilizados publicamente mostram que fica “localizada no concelho de Vendas Novas, mais precisamente entre as localidades de Afeiteira, Bombel e Piçarras”.

Em declarações à Agência Lusa, o vice-presidente da Câmara de Vendas Novas, Valentino Salgado Cunha, disse não ter a certeza se a solução vai incluir também terrenos em Pegões, no concelho do Montijo, distrito de Setúbal, porque a autarquia “não foi envolvida em qualquer momento da discussão ou da apresentação da localização”, mas destacou que os documentos de suporte dessa opção mostram que a área abrangida fica em Vendas Novas.

“Aquilo que nós sabemos é o que é do conhecimento público, que é a localização que eles fazem no mapa. E essa localização de facto é dentro do concelho de Vendas Novas, agora qual é o perímetro total da infraestrutura prevista, não sabemos”, afirmou o autarca.

Valentino Salgado Cunha frisou que, dos terrenos incluídos na proposta até ao limite do concelho de Vendas Novas, há cerca de três quilómetros de distância, mas a infraestrutura pode até chegar a áreas de Pegões.

“Depende da orientação das pistas, depende de onde é a gare, depende de muita coisa, é certo que poderá apanhar Pegões, mas eu diria que a esmagadora maioria é em Vendas Novas”, argumentou.

Questionado sobre se a autarquia iria pedir uma alteração da designação da solução para refletir que os terrenos ficam em Vendas Novas, o vice-presidente respondeu que “já foi solicitado”.

“Enviámos – creio que na quarta-feira de manhã, quando saíram pela primeira vez as hipóteses – a alteração da designação e colocámo-nos à disposição para colaborarmos e para o que necessitassem da nossa parte”, acrescentou.

A mesma fonte adiantou que a Câmara alentejana realizou ainda contactos com a tutela para ”tentar agilizar também um contacto e uma reunião com a Comissão Técnica Independente” que avalia as localizações possíveis para o novo aeroporto de Lisboa.

Quanto aos terrenos que estão referenciados nos mapas disponibilizados publicamente, o vice-presidente disse estarem em causa na sua maioria terrenos rústicos.

Para o município, “a localização em Vendas Novas, e até mesmo a localização em Alcochete, no campo de tiro, é uma localização ótima”, considerou.

“Temos uma vantagem geográfica enorme, temos boas acessibilidades rodoviárias e ferroviárias, estamos a menos de uma hora de Lisboa, portanto a localização em si é excelente. Mas obviamente temos de salvaguardar também a qualidade de vida no nosso concelho, sabemos que isto tem sempre um encargo para essa qualidade de vida, mas o desenvolvimento económico é muito importante para nós”, defendeu.

“Se estivermos aqui a discutir mais cinco ou seis anos a questão do aeroporto, nem nós sabemos como ordenamos o nosso território, tendo em conta a indecisão, nem sabemos como nos preparamos para o aumento da população, que certamente acontecerá. Esta questão deve ser decidida rapidamente para os municípios se prepararem”, finalizou.

 

 

Fonte: Agência Lusa, Tribuna Alentejo

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