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Sexta-feira, Dezembro 6, 2024

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Vice-presidente da AFE denuncia casos de irregularidades nas contas da associação

O vice-presidente da Associação de Futebol de Évora (AFE), Fernando Nunes solicitou uma auditoria externa aos serviços administrativos e financeiros da AFE, por alegadas ilegalidades nas contas da associação.

Numa carta enviada ao presidente da Mesa da Assembleia Geral, e aos clubes associados, Fernando Nunes denuncia o pagamento de uma deslocação, ao anterior presidente da associação (Amaro Camões) para estar presente numa reunião “que não se realizou”.

No documento, Amaro Camões é também acusado de receber o pagamento de uma deslocação a Beja “duas vezes e ainda com uma diferença a seu favor de 3,90€”.

As ajudas de custo nas deslocações em automóvel próprio são também alvo de denúncia por parte de Fernando Nunes, “ a lei desde o ano de 2010 só permite isenção de IRS até ao valor de 0,36€. A associação paga desde essa data o valor de 0,39€ sem efetuar qualquer desconto para o IRS, essa situação não nos parece muito clara nem legal”.

Considera ainda este dirigente que “existem fortes indícios de prática de ilícitos graves, que estão na base das dificuldades financeiras da Associação de Futebol de Évora havendo lugar à responsabilização dos diretores da AFE diretamente ligados à área financeira, que são o ex-presidente Amaro Camões, o vice-presidente da área financeira, António Peixe, o vice-presidente e substituto legal do presidente, António Pereira, com autorização para movimentar as contas da AFE, conjuntamente com António Peixe, Amaro Camões e Carlos Cabo”.

Pode ler-se que “a imagem institucional também ficou afetada com os problemas financeiros” e que levaram à “inibição de inscrição do seguro de jogadores, por falta de pagamento à Seguradora, no valor de cerca de 22.000,00€, a dívida aos árbitros (prémios e deslocações) no montante de cerca de 15.000,00€, que originou a ameaça de greve por parte destes e o atraso no pagamento aos treinadores, massagistas, diretor técnico e mais elementos do corpo técnico das seleções distritais no montante de cerca de 5.000,00€”.  

Fernando Nunes acha “pertinente que todos os sócios da Associação de Futebol conheçam estas situações e os modos como foram administrados os dinheiros dos clubes”.

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