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12 fantásticos locais para visitar em Castelo de Vide e arredores. Saiba tudo aqui!

O castelo rodeado pelo casario branco destaca-se na paisagem e é sem dúvida a primeira surpresa para o visitante. Do alto, a paisagem alentejana adquire todo o seu esplendor. Pequenas aldeias no meio dos campos perdem-se de vista, conta o portal vortexmag.

Ali bem perto, a cerca de 20 km, espreita Marvão e um pouco mais além avistam-se terras de Espanha. Na encosta Norte, entre o Castelo e a Fonte da Vila, uma série de ruas mais estreitas delimitam o núcleo histórico da Judiaria. A Judiaria de Castelo de Vide é um dos exemplos mais importantes da presença dos judeus no nosso país, remontando ao século XIII, tempo de D. Dinis. Aí podemos encontrar uma das melhor preservadas judiarias de Portugal, já há alguns anos incluída num programa de recuperação de edifícios e de revitalização, onde se preserva um dos maiores espólios de arquitectura civil do período gótico. Passeie-se então, ao acaso por essas ruas íngremes e estreitas e deixe-se encantar pelo charme da sua memória medieval.

Mas Castelo de Vide tem outros monumentos que valem a pena visitar. Falamos por exemplo da Capela do Salvador do Mundo, a mais antiga (finais do séc. XIII) cujo interior está coberto de painéis de azulejos azuis e brancos, ou da Capela de São Roque construída no séc. XV e reconstruída no séc. XVIII. Mas estas são apenas duas das 24 igrejas existentes. Se ainda tiver tempo e vontade, pode subir ao monte fronteiro a Castelo de Vide, onde fica a Capela de Nossa Senhora da Penha e de onde tem uma outra perspectiva da vila.

Castelo de Vide sempre foi conhecida pelas suas riquezas naturais nomeadamente pelas termas, cuja água tem propriedades terapêuticas. Pode encontrar várias fontes sendo a Fonte da Vila e a Fonte da Mealhada as mais conhecidas. No entanto aqui fica um alerta. Fique sabendo que, a acreditar nos ditos populares, quem bebe da água da Fonte da Mealhada há de voltar a Castelo de Vide para casar. Estes são os melhores locais para visitar em Castelo de Vide e arredores.

1. Castelo de Castelo de Vide

Antigamente os habitantes de Castelo de Vide residiam dentro das robustas muralhas exteriores deste castelo- Hoje em dia conserva uma pequena zona habitacional interior, com a Igreja de Nossa Senhora da Alegria (Século XVII). A partir do castelo poderás desfrutar de unas maravilhosas vistas sobre a cidade e arredores. Foi construído pelo Rei D. Dinis e o seu irmão Afonso, entre 1280 y 1365 e está coroado por uma torre redonda de 12 metros de altura (Torre de Menagem).

No interior do castelo encontra-se o Centro de Interpretação do Megalitismo, com extensos painéis informativos que explicam os antecedentes, a história e as características dos megalitos desta zona do Alentejo. Na sala superior alberga o Museu de História e Arquitectura Militar, com uma exposição cronológica dos Reis do castelo entre os séculos XII e XIX. Este museu também exibe alguns mosquetes, balas de canhão e ferramentas de pedra.

2. Judiaria

Numa encosta virada para a nascente e adossada ao velho casco medieval desenvolve-se a Judiaria de Castelo de Vide. Num acentuado declive serpenteiam as estreitas calçadas que se desenvolvem desde a Porta da Vila, no castelo, até à Fonte da Vila, em tudo semelhantes ás que formam o restante núcleo medieval de Castelo de Vide. Torna-se interessante verificar que a comunidade judaica de Castelo de Vide evoluiu entre dois espaços fundamentais – o velho Largo do Mercado e a vetusta Fonte da Vila. O Judeu, pela sua vivência em diáspora, ligou-se fundamentalmente, ás actividades mercantis, justificando-se, mutuamente mercado e judiaria, no mesmo espaço – encosta nascente do Castelo. Ainda que de difícil delimitação urbana, a Judiaria de Castelo de Vide desenvolveu-se, fundamentalmente, pelas ruas da Fonte, do Mercado, do Arçário, do Mestre Jorge, da Judiaria, da Ruinha da Judiaria, da actual Rua dos Serralheiros e da Rua Nova. A amplitude deste espaço pode compreender-se devido à proximidade de Castelo de Vide com a fronteira castelhana.

O Édito de 1492, promulgado pelos Reis Católicos, Fernando e Isabel, provocou uma deslocação maciça de famílias judías que procuravam, do lado de cá da fronteira, a paz que as profecias lhes negavam em terra estranha. Datará dessa altura o desenvolvimento comercial e manufactureiro que veio a caracterizar, posteriormente, Castelo de Vide. Não só nas artes e ofícios se notabilizou a comunidade judaica de Castelo de Vide, tendo brilhado também os seus filhos na botânica e medicina, como nos provam os nomes de Garcia de Orta e Mestre Jorge o Físico. A despeito da renovação que, por via da sua contínua ocupação, foi sofrendo, a judiaria de Castelo de Vide apresenta ainda alguns elementos característicos: as portas ogivais de habitação e de oficina ou comércio (algumas decoradas com símbolos profissionais), as velhas calçadas e o edifício que se julga ser a antiga Sinagoga. O edifício identificado como Sinagoga Medieval localiza-se na confluência da Rua da Judiaria com a Rua da Fonte. Compõe-se de dois pisos, abrindo-se numa das divisões do piso superior o que se julga ser o Tabernáculo.

3. Fonte da Vila

Classificado como IIP (Imóvel de Interesse Público) desde 1953, é o Ex-Líbris da Vila, constitui um monumento que se destaca entre outros, não só pelo seu valor artístico, como pelo conjunto arquitectónico e urbanístico em que está inserida. Situa-se em pleno Largo Dr. Frederico Laranjo. Analisando-se a planta de delimitação do bairro judeu de Castelo de Vide, pode concluir-se que a fonte estava integrada no mesmo. Este existiu desde o séc. XIV ao séc. XV. A fonte foi um foco de desenvolvimento radial de ruas que se desenvolveram à sua volta, deduzindo-se que terá sido construída no séc. XVI, no reinado de D. João III, embora também seja provável que a sua construção seja de várias épocas, em que no início terá existido apenas uma nascente, inicialmente transformada numa pequena fonte de água potável, que no séc. XVI foi mandada construir.

A forma do tanque principal é rectangular e delimitado por lajes graníticas dispostas na vertical do qual saem seis colunas de mármore que sustentam uma cobertura piramidal que remata em pinha. Ao centro do tanque ergue-se um corpo discóide com quatro bicas simétricas e sobre este, um outro paralelepípedo, decorado com as Armas de Portugal, as do Concelho e com duas figuras de meninos. Este conjunto é rematado por uma pinha em forma de flor de acanto ou tulipa. Ao lado possui um outro tanque, rectangular, destinado a animais bestas e cavalares.

4. Igreja Matriz de Castelo de Vide

A sua construção teve início em 1789, no local onde existiria uma pequena capela, fundada em 1311 por Lourenço Pires e sua mulher. Concluí-se por volta de 1873. É um templo vastíssimo, porventura o maior do Alto Alentejo. A igreja de Santa Maria da Devesa está situada no extremo Oeste da Praça D. Pedro V. O edifício orienta-se para Sul, serve-lhe de acesso um lanço de escadarias, deitando para um adro vedado por gradeamento de ferro, com pilastras de granito, o qual contorna todo o monumento pelo lado Sul. Esta igreja é constituída por um conjunto de sete volumes: nave, capela-mor, transepto, duas torres sineiras e duas sacristias.

A nave é rectangular, todo o espaço interno está dividido em quatro tramos, separados por pilastras pintadas. O tecto é em abóbada de berço, também dividida em tramos por arcos torais. No primeiro tramo junto á entrada principal, ergue-se o coro, no sub-coro o tecto é em abóbada de arestas. A capela-mor é rectangular, o tecto é em abóbada de berço que assenta sobre a cornija que é a continuação da nave e do transepto, nas paredes Este e Oeste, abre-se uma porta de acesso às sacristias. Na do lado Norte eleva-se o altar. Ao centro do qual rasga-se o vão de volta perfeita que contém a imagem de Jesus Crucificado. A fachada principal é voltada a Sul e ladeada pelos corpos, de planta quadrada de duas torres sineiras, contendo cada uma quatro janelões de torres de volta perfeita, com sinos, separadas por pilastras formadas por blocos rectangulares de granito.

5. Sinagoga de Castelo de Vide

A Sinagoga de Castelo de Vide está localizada na antiga judiaria da cidade, muito próxima ao Castelo. A judiaria alcançou o seu apogeu no século XV, após a expulsão dos judeus de Espanha. Hoje em dia a sinagoga foi convertida em museu, sendo a principal recordação daquela época.

O museu inclui a sinagoga original com duas salas, uma para homens e outra para mulheres; um tabernáculo de madeira e uma arca sagrada onde se guardam os rolos da Torá. As restantes salas exibem uma magnífica colecção peças sobre a história das comunidades judias em Castelo de Vide. A mencionar que em 1496, quando Manuel I promulgou um decreto que obrigou os judeus a converter ou a deixar a localidade, muitos deles voltaram para Espanha, embora alguns se tenham mudado para a cidade vizinha de Évora.

6. Portas ogivais

Castelo de Vide apresenta um dos mais importantes e interessantes conjuntos de portas ogivais actualmente existentes no País. Datando dos séc.s XIV e XV o seu número total é de sessenta e três. Essas portas encontram-se em muitas das ruas, principalmente na parte mais antiga do Centro Histórico, com grande aglomeração na Judiaria e Rua de Santa Maria de Cima.

Se algumas são simples portas ogivais, sem qualquer decoração, muitas apresentam-se decoradas tanto ao nível das ogivas, como das impostas e ombreiras. Como elementos decorativos são empregues as esferas, toros e caneluras, conjuntamente com arestas vivas e motivos vegetais. O peixe aparece numa única porta do séc. XVI (Rua Nova), mas também há estilizações do Sol e das estrelas (Penedo).

7. Muralhas de Castelo de Vide

A pequena fortaleza primitiva viu crescer à sua volta um aglomerado populacional que procurava protecção dos ataques dos inimigos em épocas de guerra. O alargar do casario no pequeno planalto adjacente à fortaleza e o número sempre crescente dos que procuravam a sua protecção, tornou-a demasiado pequena para receber tanta gente em caso de perigo. D. Afonso Sanches, filho de Afonso III, recebe de seu pai entre várias terras o lugar da Vide que, volvidos anos, teria de entregar ao irmão D. Dinis coagido pela força das armas.

A cintura de muralhas terminadas no reinado de D. Afonso IV apresenta uma forma poligonal alongada sub-rectangular estendida no sentido nascente poente. Devido aos acidentes de terreno ora ondeia, seguindo as curvas de nível, ora sobre e desce, ora se estende rectilínea. De qualquer lado que nos debrucemos, a muralha como que se continua no escarpado das encostas eriçadas aqui e ali de rochas graníticas, sérios obstáculos para quem se aproximasse. Os muros protectores apresentam múltiplas cicatrizes provocadas pelas máquinas de guerra: catapultas, trons, bombardas e canhões. Estas feridas foram tapadas mais ou menos apressadamente e, porque foram feitas em épocas diferentes, distinguem-se pela técnica de construção apresentando variados tipos de aparelho.

8. Quinta das Lavandas

Em pleno Parque Natural da Serra de São Mamede, envolvida por campos de lavanda, encontramos a Quinta das Lavandas. O violeta é a cor predominante deste espaço, mas há também lugar para o branco, o rosa, o vermelho e as várias tonalidades de lilás que o povoam. Apelidada de Provença do Alentejo, devido à extensão da cultura de lavanda e lavandim grosso (uma espécie híbrida), a propriedade conta também com um “museu” ao ar livre, onde está exposta uma colecção com mais de 40 variedades. Um perfume doce e floral, com uma nota balsâmica, percorre toda a propriedade, entrando nos edifícios sem pedir licença.

Grande parte da vida da quinta desenvolve-se em torno da lavanda e da sua cultura. É possível aprender a fazer objectos artesanais, como saquetas de cheiros, almofadas térmicas e rocas, ou participar em ateliês e seminários sobre as aplicações da lavanda em áreas como a cosmética e alimentar. A lavanda chega também à mesa deste alojamento, através de azeite e mel aromatizados, tisanas, biscoitos e gelados. No alambique, construído de raiz para a destilação artesanal de lavanda, é utilizada uma técnica de arrasto de vapor milenar, originando óleos essenciais e águas florais, utilizados na linha de cosméticos com o selo da quinta. Com um olival secular, um pomar e uma pequena vinha, este empreendimento diversifica e explora a vertente agrícola da quinta em toda a sua amplitude, assumindo-se como auto-sustentável.

9. Menir da Meada

A freguesia de Póvoa e Meadas, em Castelo de Vide, Alentejo, pode orgulhar-se de ter o Menir da Meada, o menir de maiores dimensões de toda la Península Ibérica. É um gigantesco monolito que ultrapassa os 7 metros de altura e as 18 toneladas de peso. Este incrível menir estava seccionado e derrubado até 1993, data em que foi restaurado.
Crê-se que a sua altura se deve ao fato de pertencer a uma linha de menires organizados cuidadosamente para que cada um fosse visível a partir do seguinte, sendo o Menir da Meada o que se encontrava a menor altitude de todos.

10. Nossa Senhora da Penha

A Ermida de Nossa Senhora da Penha ergue-se altaneira na Serra de São Paulo, sobranceira à bonita vila de Castelo de Vide, em pleno Alentejo. Edificada no século XVI esta é uma construção simples constituída por nave, capela-mor redonda e sacristia, sendo o seu interior forrado com azulejos policromos do século XVII. A Ermida situa-se no alto no monte, acedendo-se por uma longa escadaria que termina no adro deste templo, onde se ergue um cruzeiro, colocado no início do século XX.

Daqui tem-se uma vista maravilhosa sobre a linda vila de Castelo de Vide, bem como de toda a envolvência natural e humana, em grande parte pertencente ao Parque Natural da Serra de São Mamede, que compensa claramente o esforço físico que a escadaria comporta, existindo igualmente e para melhor usufruir do espaço, um agradável parque de merendas.

11. Marvão

O povoado medieval fortificado do Marvão assenta a grande altura sobre um penhasco rodeado por uma paisagem campina na região portuguesa do Alentejo, muito próximo da fronteira com Espanha. Marvão foi uma importante fortaleza na defesa de Portugal contra Castela, especialmente durante a Guerra da Restauração (Século XVII). No século XVIII entrou em decadência e deixou de ter exército, o que permitiu a conservação de muitos dos seus edifícios dos séculos XV e XVI.

Na actualidade esta localidade portuguesa caracteriza-se pelas suas imponentes muralhas, que se encontram perfeitamente integradas na paisagem, chegando a confundir-se com a crista do penhasco. Marvão é uma localidade agradável, tranquila e um lugar ideal para desconectar-se da rotina diária, especialmente ao amanhecer e ao por do sol, pois oferece excepcionais panorâmicas da planície da Serra de São Mamede.

12. Cidade Romana de Ammaia

Já ouviu falar da cidade romana de Ammaia, no Alentejo? Situadas bem próximas da bonita vila de Marvão, em pleno Alentejo, no coração do Parque Natural da Serra de S. Mamede, as Ruínas da cidade Romana de Ammaia localizam-se numa zona de grande beleza, atestando a sua grandeza patrimonial. Em 1995 iniciaram-se no local as escavações arqueológicas que colocaram a descoberto cerca de 3.000 m2, pensando-se que a área original da cidade contaria com cerca de vinte hectares.

A cidade romana de Ammaia, ficou perdida no vale da Aramanha, no Alentejo e só foi redescoberta no século passado. Desde então está a ser escavada e investigada por cientistas de todo o mundo. Entre a população local os vestígios romanos são conhecidos desde sempre, mas só no princípio do século passado se começou a perceber que aquilo que estava enterrado no Vale da Aramanha era uma cidade Romana. Construída de raiz no século I DC alcançou o seu esplendor nos trezentos anos seguintes. A partir do século IX desaparecem as referências à cidade como urbe habitada. As suas pedras serviram para construir outros lugares e monumentos. Da antiga cidade sobrava um mito, até que no princípio do século XX surgiram indícios fortes que indiciavam a existência de uma cidade de grande dimensão naquela zona. A meio do século concretizaram-se as primeiras escavações e na última década intensificaram-se os trabalhos que recorrem também a novas tecnologias.

In https://www.vortexmag.net/

 

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