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Quarta-feira, Maio 1, 2024

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500 Anos da Misericórdia de Arraiolos: “Enquanto houver alma, haverá misericórdias” . Diz Provedor.Fotorreportagem

A Misericórdia de Arraiolos, uma instituição com uma história rica e profundamente enraizada na comunidade, celebrou ontem, dia 6 de abril, o seu quingentésimo aniversário. Esta efeméride foi comemorada no Cine-Teatro de Arraiolos, reunindo uma assembleia de figuras proeminentes e representantes de várias entidades ligadas ao espírito de solidariedade e cuidado com o próximo.

Entre os convidados, estiveram vários provedores e representantes da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), uma organização que une as várias misericórdias do país em prol do bem-estar social e da caridade. A presença marcante de Sua Eminência, D. Francisco Senra Coelho, Arcebispo da Arquidiocese de Évora, reforçou a importância da celebração, ligando o momento aos valores espirituais e profundos à missão eclesiástica do apoio aos mais necessitados.

A Rádio Campanário marcou presença e falou com o Provedor da instituição, Luís Marcolino Chinelo, que partilhou reflexões profundas sobre desafios históricos e atuais. “É verdade, enquanto houver alma, haverá misericórdias”, afirmou ele, ecoando as inspiradoras palavras de Sua Eminência, o Arcebispo da Arquidiocese de Évora, D. Francisco Senra Coelho, e destacando a essencialidade desta instituição no tecido social de Arraiolos.

Durante a entrevista, o Provedor abordou as adversidades impostas pela realidade socioeconómica do Alentejo, uma região marcada por limitações económicas, onde “os ordenados são realmente baixos, as reformas são baixas”, e os apoios estatais não refletem as necessidades específicas destas instituições. Salientou o papel vital da Câmara Municipal no apoio à Misericórdia, que tem sido “realmente extraordinária” na ajuda providenciada, tornando-se um suporte indispensável para a realização das atividades da instituição.

Refletindo sobre a importância da continuidade dos serviços providenciados pela Misericórdia, que emprega cerca de 50 funcionários em diversas valências como creche, jardim de infância, intervenção precoce, e serviço de apoio domiciliário, o Provedor expressou a sua fé num futuro mais justo para as misericórdias. “Eu sou uma pessoa de fé, tenho esperança, e não sei por quantos anos mais, mas espero que daqui por 500 anos quem cá estiver realmente possa estar a festejar os mil anos desta Misericórdia”, partilhou com otimismo.

A entrevista a lançou luz sobre os esforços contínuos da Misericórdia de Arraiolos em superar obstáculos e prestar serviços essenciais à comunidade, reiterando a esperança do Provedor numa revisão dos critérios de financiamento e apoio estatal às instituições. “Estou convicto que certamente as pessoas que dirigem o nosso país hão-de compreender eporque sabem aquilo que as misericórdias fazem e estou convencido que alguma… compensações que são dadas às nossas instituições, têm de ser revistas”, concluiu, evidenciando a importância da adaptação e apoio às realidades de hoje.

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