O Forte da Graça acolheu a apresentação do livro “Tesoros de la Raya Hispano-Portuguesa”, da autoria de Moisés Cayetano Rosado, esta quinta-feira, 18 de fevereiro, em Elvas.
Mais de uma centena de pessoas marcaram presença nesta sessão, onde estiveram presentes também o autarca local, o alcaide de Badajoz, o presidente da Fundación Caja Badajoz e o escritor.
O professor de geografia e história, Moisés Cayetano Rosado, dedicou os últimos quinze anos ao estudo de alguns tesouros históricos de regiões do norte e do sul de Portugal dando especial destaque às zonas raianas como Elvas, Badajoz, Cáceres, Mérida, Toro, Trujillo e Zamora. A recente publicação é uma compilação de textos e imagens que retratam o legado transfronteiriço.
A Rádio Campanário esteve no local e falou com o presidente elvense, Nuno Mocinha, que se mostrou satisfeito com a escolha do Forte de Nossa Senhora da Graça para palco desta iniciativa afirmando que “é como muito orgulho que recebemos este lançamento, penso que esta escolha ilustra bem o potencial do forte, mas acima de tudo enfantiza o potencial da relação transfronteiriça”.
Segundo Nuno Mocinha “são iniciativas deste cariz que vão dando a conhecer o nosso riquissímo património que está espalhado por toda esta fronteira e que de facto podem fazer a diferença naquilo que é o no nosso crescimento e desenvolvimento económico”.
Instado a comentar as antigas quezílias entre os dois países, o presidente do município, garante que “estamos a atravessar um período de paz”, realçando ainda que “o que serviu para no separar, hoje, serve para nos unir”.
Para o alcaide de Badajoz, Francisco Martinez, “este livro é de um enorme valor cultural na medida em que a partir deste momento a nossa história estará acessível a todos os cidadãos do mundo que se interessem pela zona raiana e pelo legado seu histórico”.
A esta Estação Emissora, o autor, Moisés Cayetano Rosado, assegura que “foi um sonho cumprido, espero que este livro seja o mote para futuras investigações e visitas em que todos possam desfrutar do que é nossso”.
O escritor felicita a classificação da cidade de Elvas como património mundial referindo que “é a chave de Portugal e, simultaneamente, a chave de todos os tesouros”.
Após a apresentação pública da obra foi realizada uma visita guiada ao Forte da Graça tendo sido proporcionado um Alentejo de Honra.