A Central Nuclear de Almaraz (Cáceres, Espanha), localizada a cerca de 100 kms da fronteira com o concelho de Portalegre, foi autorizada a pôr em funcionamento um armazém de resíduos nucleares, que poderá receber resíduos de outras centrais.
Vários grupos de ambientalistas, portugueses e espanhóis, contestam esta decisão, considerando os riscos ambientais inerentes, e receando que possa vir a prolongar o funcionamento da central, cuja licença deverá terminar em 2020.
Associações como a Quercus, com núcleo em Portalegre, apontam que a Central de Almaraz tem registado acidentes com regularidade, e que num incidente grave a radioatividade poderá vir a contaminar as águas do Tejo, assim como a atmosfera dos distritos de Portalegre e Castelo Branco, pela proximidade geográfica.
Em comunicado, a Quercus aponta que o Governo Espanhol deve impedir todas as tentativas de prolongamento do período de vida da infraestrutura, cuja licença de funcionamento caduca a 20 de junho de 2020; e que o Governo Português deve “acautelar os interesses nacionais, e recorrer de novo, se necessário, às entidades europeias”.
A funcionar deste 1980, esta infraestrutura, refrigerada pelo Rio Tejo, tem suscitado controversa e reações, nomeadamente de associações do Alentejo, que têm vindo a exigir o seu encerramento.