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Sábado, Outubro 12, 2024

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“António Costa está a vender a preço de saldo a nossa soberania” (c/som)

O eurodeputado Nuno Melo, eleito pelo CDS-PP, no seu comentário desta quinta-feira, dia 28 de fevereiro, abordou as suas próprias declarações sobre o governo estar a cometer um crime público, o alegado caso de corrupção nos estaleiros navais de Viana do Castelo, o estado do BREXIT e as declarações de Pedro Marques sobre as eleições europeias.

Sobre as declarações que o próprio proferiu sobre “o governo estar a cometer um crime público”, Nuno Melo disse à Campanário que “essas declarações são sobre os impostos europeus, é sabido que o CDS é contra esses impostos (…) a única inovação que este governo tem são novos impostos, o Dr. António Costa mostrou-se disponível para que Bruxelas tenha uma máquina tributária em Portugal”.

Nuno Melo explicou ainda à Campanário que “com a crise da banca em Portugal ninguém pediu que Bruxelas lança-se impostos, o Dr. António Costa disse a Bruxelas que basta estarem 16 países de acordo para se lançarem novos impostos sobre as mais diversas áreas em Portugal”. O eurodeputado deu o exemplo que “existem diversos países que não têm mar, mas se se lembrarem de lançar impostos sobre o mar português, basta que 16 países estejam de acordo e isso acontece, isto não lembra a ninguém”. Considerando que “estamos a abdicar de áreas que são da soberania dos diferentes estados”. O eurodeputado frisou aos microfones da Campanário que “a ascensão dos nacionalismos na Europa está muito relacionada com estas situações”.

A Campanário questionou Nuno Melo sobre o alegado caso de corrupção nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, ao que o eurodeputado disse “a corrupção é a maior miséria dos regimes democráticos (…) infelizmente existe apropriamento de dinheiros públicos em democracia”. Para Nuno Melo “se alguma fraude tiver acontecido nos estaleiros navais de Viana do Castelo, os responsáveis devem ser exemplarmente julgados e punidos, independentemente do cargo ou posto que ocupem”. O eurodeputado considera que “os estaleiros hoje são rentáveis, e até serem privatizados davam prejuízos todos os anos de vários milhões, isto só pode acontecer por gestão completamente incapaz, ou por alguém se ter apropriado daquilo que era da empresa ou por ambas”.

Relativamente sobre a questão do BREXIT a Campanário procurou saber a opinião do eurodeputado pelo CDS-PP, e foi-nos dito que “o BREXIT tem mostrado no Reino Unido a gestão de um desastre, é uma gestão incapaz e completamente sem rumo”. Nuno Melo considera que “durante a campanha escondeu-se do povo Britânico a tragédia que poderia ser a saída da União Europeia”.

O eurodeputado quando questionado pela RC sobre a melhor solução, disse que “o que eu desejava era que o Reino Unido ficasse, com referendo ou sem ele, pois o Reino Unido é um aliado estratégico de Portugal”. Na sua opinião “a única saída racional, para já é uma prorrogação do tempo de pertença ao nosso espaço comum”. A RC questionou Nuno Melo sobre a posição da UE, e o eurodeputado disse que “eu considero que a UE já deu o que tinha que dar neste processo”.

Quanto a possíveis países que queiram sair da UE, Nuno Melo considera que “o pedido de mais países para saírem da UE depende muito das próximas europeias e das eleições internas dos diferentes estados membros, pois existem partidos nacionalistas e extremistas que estão a crescer nas urnas, e os projetos a prazo desses partidos (como é o caso do PCP) é acabar com a união europeia”.

Nuno Melo finalizou a sua rúbrica semanal, abordando as mais recentes declarações de Pedro Marques sobre os candidatos europeus que não abdicam dos seus cargos, dizendo que “ele certamente não espera que eu me demita de eurodeputado por ser candidato ao parlamento europeu, essa afirmação e tão absurda e sem nexo que nem a consigo interpretar”. Nuno Melo acrescentou à RC que “o Pedro Marques é do mais velho que existe em política, não percebo como é que o PS fala em renovação”.    

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