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Domingo, Abril 28, 2024

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Arranque cauteloso para os pilotos portugueses no Rally Dakar

Os portugueses presentes na 44.ª edição do Rali Dakar de Todo-o-Terreno tiveram este sábado um arranque cauteloso na especial de qualificação, com 19 quilómetros, em que o barcelense Joaquim Rodrigues Jr. (Hero) foi o melhor representante nacional.

O piloto da Hero concluiu a primeira parte da primeira etapa na 11.ª posição, a 3m05s do vencedor, o australiano Daniel Sanders (GasGas), após a aplicação de um coeficiente de cinco definido nos regulamentos – o tempo de cada piloto era multiplicado por cinco.

«Não foi uma especial tão fácil como eu esperava. Comecei com um ritmo forte, mas o inchaço nos braços (“arm pump”) fez com que fosse difícil segurar bem a moto. De qualquer forma, rodei de forma segura e trouxe a moto até à meta», explicou o piloto de Barcelos, Joaquim Rodrigues Jr..

Daniel Sanders deixou o chileno Pablo Quintanilla (Honda) a um minuto – tinha terminado a 12 segundos antes da aplicação do coeficiente – e o piloto do botsuana Ross Branch (Yamaha) a 1m55s. Por seu lado, Rui Gonçalves (Sherco) foi 22.º, a sete minutos do líder.

«Senti-me bem durante toda a etapa e penso que estou num bom lugar de saída para este domingo, que será quando começa a verdadeiramente a primeira etapa deste rali. O importante é continuar focado e concentrado pois ainda temos muitos dias pela frente», frisou o transmontano de Vidago.

O alentejano e capitão da GNR, António Maio (Yamaha), foi 30.º, a 10m45s de Daniel Sanders, após ter perdido algum tempo numa duna: «Tive um pequeno percalço numa duna. Deixei a moto enterrar-se e perdi um bocadinho de tempo. O prólogo tinha muita areia, dunas e também era um bocadinho rápido. A moto está impecável e este domingo é que vai começar a sério», explicou António Maio, depois de «ter feito uma ligação enorme (cerca de 600 quilómetros) que, para variar, foi uma enorme seca, mas é assim o Dakar».

Mário Patrão (KTM) foi 56.º e é o segundo entre os veteranos, num ano em que faz a prova sem assistência: «Na classe “Original by Motul” temos de procurar um equilíbrio perfeito entre o desgaste da mota e o meu. É meu objectivo ir avançando de forma cautelosa na classificação, pois qualquer falha não planeada pode trazer-nos dissabores», referiu o piloto de Seia. Alexandre Azinhais (KTM) foi 86.º, Arcélio Couto (Honda) 97.º, Paulo Oliveira (KTM) 102.º e Pedro Bianchi Prata (Honda) 113.º.

Nos automóveis, a vitória sorriu ao favorito piloto do Qatar, Nasser Al-Attiyah (Toyota), que concluiu os 19 quilómetros em 10m56s, deixando o espanhol Carlos Sainz, num Audi eléctrico, a 12 segundos, com o sul-africano Brian Baragwanath (Century Racing) em terceiro, a 36 segundos.

O francês Sébastien Loeb (BRX), nove vezes campeão mundial de ralis, foi quinto, a 37 segundos. O melhor português foi Filipe Palmeiro, navegador do lituano Benediktas Vanagas (Toyota), na 22.ª posição, enquanto o navegador Paulo Fiúza foi 36.º, com o lituano Vaidotas Zala (Míni). A dupla formada por Miguel Barbosa e Pedro Velosa (Toyota) sofreu problemas com a transmissão e um furo e não foi além da 84.ª posição, a 24m41s.

«Foi um dia péssimo. Tivemos problemas de transmissão e ainda não sabemos se também de diferencial ou mais alguma coisa. O certo é que ficamos sem tracção. Também tivemos um furo logo ao quilómetro sete. Sem tracção, acabámos por nos enterrar a meio da especial e demorámos muito tempo a conseguir sair. Foi muito difícil», explicou Barbosa, citado pela sua assessoria de imprensa.

Os irmãos Mário e Rui Franco terminaram no 12.º lugar na categoria de veículos ligeiros, com um Yamaha, enquanto Luís Portela de Morais e David Megre (Can-Am) foram oitavos na categoria reservada aos SSV. Na mesma categoria, Rui Oliveira e Fausto Mota (Can-Am) terminaram em 35.º lugar.

Para este domingo, os navegadores têm este domingo um papel preponderante para levar a bom porto os seus navegadores para a etapa inaugural com 334 km de Sector Selectivo, entre Ha’Il e Há’Il. As dificuldades vão surgir, mas cabe aos navegadores assumir o papel de “farol”, uma vez que a tirada é muito baseada na navegação, com paisagens arenosas e montanhosas do norte da Arábia Saudita.

C/Lusa

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