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Associação de Elvas alerta para maus-tratos no canil, Presidente da Câmara refuta acusações

O Movimento Animal Associação de Elvas criticou hoje a câmara pela retirada da gestão do canil municipal e acusou o veterinário municipal de não prestar os cuidados necessários aos animais, mas a autarquia refutou as acusações.

Em declarações à agência Lusa, Cláudia Pombeiro, presidente do Movimento Animal Associação de Elvas (MAAE), no distrito de Portalegre, acusou o veterinário municipal de “fechar” animais na enfermaria do canil.

A responsável alegou que os cães “não são tratados”, porque o espaço “não tem lá nada” para dar resposta aos problemas com que se deparam.

“Eu fiz uma publicação [nas redes sociais] da enfermaria como nós a tínhamos deixado e como está neste momento. É vergonhoso”, argumentou.

Durante a gestão da associação “nunca houve maus-tratos”, mas “temos sempre receio porque este senhor [veterinário] já tem antecedentes, foi condenado pela Ordem dos Médicos Veterinários por práticas de maus-tratos, em 2017”, afirmou.

Agora, “voltamos ao mesmo, porque verificamos que existem aqui animais que ele fecha e que não são tratados”, acusou.

O movimento geria o Canil Municipal de Elvas desde 2019, através de um protocolo com o município, mas este chegou ao fim no dia 01 deste mês, voltando a gestão à autarquia.

No entanto, a presidente do MAAE mantém-se em funções no canil e ficou com a “responsabilidade” de efetuar trabalhos de higienização e alimentação dos animais.

Cláudia Pombeiro acusou ainda a Câmara de Elvas pela forma como afastou o movimento da gestão do espaço e lamentou que este ainda não tenha sido informado por escrito sobre o fim dessa parceria.

Contactado pela Lusa, o presidente da câmara, José Rondão de Almeida, refutou as acusações e disse terem sido realizadas “duas reuniões” com o movimento, tendo ficado decidido que o protocolo iria terminar.

O autarca, que recordou que o canil pertence ao município e que, desta forma, a autarquia assume “na íntegra” a gestão, acusou ainda Cláudia Pombeiro de estar a “faltar à verdade”.

“Se ela hoje vem dizer que faltam muitas coisas no canil, então é porque até ao dia 30 de maio, altura em que a associação tinha o canil sob a sua responsabilidade, não o dotou dos meios essenciais”, acusou.

José Rondão de Almeida acrescentou ainda que, desde que o município assumiu a gestão do espaço, “não surgiu qualquer dado” que leve a autarquia a colocar em causa o trabalho do veterinário municipal.

O autarca invocou que a associação “está a lutar” porque “recebia da câmara 40 mil euros por ano”, o que “representa uma média de mil euros por ano com cada cão”, já que o canil acolhe uma média anual de 30 animais.

Segundo Rondão de Almeida, a câmara propôs e Cláudia Pombeiro aceitou uma prestação de serviços no canil, após a saída do movimento da gestão do espaço, pela qual recebe “750 euros líquidos por mês”, ficando “por conta da câmara” todos os impostos.

O presidente da câmara alegou ainda que existe “há vários anos” uma “guerra” entre Cláudia Pombeiro e o veterinário municipal, tendo decidido agora “acabar com o conflito”.

C/Lusa

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