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Quarta-feira, Maio 1, 2024

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“Estou muito orgulhoso e contente de ver, passado este tempo, esta homenagem ao meu pai”, diz Paulo Jaleco (c/som)

Decorreu hoje, pelas 18h, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, em Vila Viçosa, uma Homenagem Pública a Gabriel Jaleco (1934-2006), fundador e diretor do jornal “O Calipolense”.

A Rádio Campanário marcou presença nesta Homenagem Pública e falou com Paulo Jaleco, filho do homenageado, a respeito da cerimónia de homenagem a uma das figuras de Vila Viçosa e que tanto contribuiu para a comunicação no anos 70.

Paulo Jaleco começou por ser questionado quanto ao sentimento de ver o seu pai ser homenageado, ao qual começou por referir que “eu acompanhei o nascimento do jornal, vai fazer na próxima semana 50 anos que o jornal nasceu, eu era um miúdo de 10 anos e, como é lógico, na altura, acompanhava todas as iniciativas do meu pai e todas as semanas lia o jornal. Era um jornal pequeno, que transmitia um pouco o que era a realidade desta terra. Evidentemente que, se voltarmos 50 anos atrás, fundar um jornal em Vila Viçosa, era uma coisa que não estaria nas mentes de toda a gente mas, o meu pai fundo-o, manteve-o durante dois ou três anos, com muito sacrifício e, agora passados estes anos, estamos aqui a rever um pouco da história de Vila Viçosa de há 50 anos atrás. Isto surgiu de um contacto que eu tive com o Sr. Presidente da Câmara, eu cedi os jornais para ficar no espólio da Câmara, esta acabou por digitalizar e irá colocar à disposição de toda a comunidade e, estou muito orgulho e contente de ver, passado este tempo, esta homenagem, tenho aqui os irmãos do meu pai que têm mais de 80 anos, dois deles são naturais de Vila Viçosa e para mim é uma sensação muito especial estar aqui hoje.”

O jornal viu a sua fundação ser feita numa altura muito próxima à Revolução de abril, e segundo o filho do homenageado “é preciso coragem para fundar um jornal naquela altura. O meu pai foi sempre muito dinâmico, o jornal foi fundado um ano antes do 25 de abril, a 22 de abril de 1973, e ele na altura já era presidente de muitas associações, foi muito dinâmico para a época. Há uns tempos falei com pessoas de Évora, que também o acompanharam, e Vila Viçosa há 50 anos, não é o mesmo que é agora, eu vivi aqui até aos cinco anos e as memórias que tenho é de vir aqui visitar a minha avó, é uma terra que eu sempre gostei muito de ver, se calhar tinha mais vida que hoje mas, estas terras antigamente tinha outra dinâmica e o meu pai, quando fundou o jornal, fê-lo também porque sabia que ia ter um retorno, e mantê-lo durante dois ou três anos, significa que teve apoio das pessoas daqui”.

Questionado se Vila Viçosa era uma terra que estava no coração do seu pai, muito por conta de referir muito a Princesa do Alentejo num outro jornal que fundou em Évora, Paulo Jaleco contou-nos que o seu pai “nasceu em Santiago de Rio de Moinhos, mas os irmãos mais novos já nasceram em Vila Viçosa, o meu avô paterno teve aqui um negócio, onde é agora o Café Paixão, e eu recordo-me que o meu pai teve aqui uma padaria num edifício que ele mandou construir e, quando nós fomos viver para Évora, tanto ele como a minha mãe, mantiveram muito contacto com Vila Viçosa. Eu acho que ele era mais calipolense que outra coisa qualquer”.

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