Na passada segunda-feira, 21 de Setembro, o Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, Dr. Manuel Castro Almeida, visitou as obras de recuperação da Igreja de S. Francisco, em Évora
O processo de intervenção de conservação e reabilitação de todo o conjunto da Igreja de S. Francisco, promovido pela Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de São Pedro, ao abrigo de protocolo com o Estado e com estreito acompanhamento da DRCALEN, incluiu o projeto e execução de trabalhos na igreja e no seu património integrado e móvel (altares, estatuária, etc.), na Capela dos Ossos, no claustro e nas antigas celas dos monges do convento.
Em entrevista à Rádio Campanário, António Costa Dieb, presidente da Agência de Coesão e Desenvolvimento, revelou que a obra da Igreja de S. Francisco é “exemplar”, tanto a nível de prazos como de orçamentos, “ (…) é a prova que temos promotores, públicos, privados, que são capazes de deixar muito claro, aquilo que pretendem”.
Recordemos que a Igreja de S. Francisco sofreu uma intervenção única, desde sempre, no nosso país, em termos de conservação e restauro integrado, cujas obras de reabilitação ascenderam a cerca de 4,2 milhões de euros.
De acordo com António Costa Dieb, “ (…) ficou consagrado no Plano Operacional da região Alentejo, que os dois elementos estruturantes dos apoios públicos serão as questões do património cultural e ambiental”, tendo ficado, por isso, consagradas verbas afetas a essas prioridades que permitem à dimensão cultural, obter financiamento.
O presidente da Agência para o Desenvolvimento e Coesão afirmou, ainda, que “(…) estão de facto a acontecer coisas muito boas no nosso Alentejo ao nível do património cultural e ambiental”.
Já para o Secretário de Estado, Dr. Manuel Castro Almeida, a intervenção na igreja de S. Francisco é “ (…) bom exemplo de aplicação de fundos europeus”.
Recordemos que a Igreja de S. Francisco já se encontrava em avançado estado de degradação, e é, por isso, para o Dr. Manuel Castro Almeida “ (…) quase comovente ver o que se fez neste último ano, e como isto ajudar a mudar a imagem de Évora e do país”.
O Secretário de Estado relembrou, ainda, que os fundos europeus comparticiparam esta obra em 70%, o que foi decidido numa fase final do CREN.
Quem também esteve à conversa com a nossa estação emissora, foi Roberto Grilo, presidente da CCDR – Alentejo, que considerou, relativamente a estas obras que, “ (…) a estratégia regional de especialização inteligente que é a excelência patrimonial e ambiental, neste caso estamos a falar da patrimonial, que para além da preservação da nossa identidade, estamos a contribuir para o aumento da receita e da atratividade do território”.
Para Roberto Grilo “ (…) estamos perante um caso com um investimento avultado mas de um rigorismo regional e pessoal impressionante”. Recordemos pois que, a igreja financiou parte deste projeto, uma vez que, a Igreja de S. Francisco é propriedade do Estado.
Presente na visita às obras da Igreja de S. Francisco e Capela dos Ossos, o Arcebispo da Arquidiocese, em entrevista à Rádio Campanário, considerou que esta obra, de tamanha envergadura foi “ (…) de alguma coragem e algum risco, mas felizmente encontramos bons técnicos e bons colaboradores que levaram a obra a bom termo, e hoje encontramo-nos todos mais satisfeitos, porque a Igreja de S. Francisco, que já conhecíamos de há muitos anos, hoje está potenciada em muito daquilo que já era”.