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Quinta-feira, Maio 2, 2024

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Exclusivo:“Os combustíveis com o aumento estão ao mesmo preço que estavam quando entramos para o Governo e não me lembro que alguém tenha dito, que eram incomportáveis para a economia”, diz Ministro da Agricultura (c/som)

O Primeiro-ministro, António Costa quer que o país perceba o Orçamento do Estado para 2016, pelo que, os ministros do XXI Governo fizeram um périplo pelo país, para explicar em sessões públicas as opções orçamentais do seu Executivo.

No distrito de Évora, o Ministro da Agricultura, Luís Capoulas Santos explicou o exercício orçamental, dizendo que foi procurado “discutir e informar os socialistas, os seus simpatizantes e apoiantes, sobre o conteúdo e as principais propostas do Orçamento 2016, sobretudo depois da campanha que tem sido levada a cabo para tentar descredibiliza-lo, descredibilizar o Ministro das Finanças e comitantemente descredibilizar o Governo porque durante muito tempo foi-nos dito que não havia alternativa à politica de austeridade que incidia sempre sobre os mesmos, a generalidade dos cidadãos portugueses e particularmente aqueles com menores posses, foi isso que aconteceu com os funcionários públicos com redução dos seus salários, foi o que aconteceu com os pensionistas com o corte nas pensões, foi o que aconteceu com os cortes nas politicas sociais, no complemento solidário dos idosos, nos abonos de família, isso foi o que nos fizeram crer durante quatro anos, que era imperioso que fizéssemos, porque não havia alternativa, a União Europeia não nos permitia que fosse de outra forma”.

Luís Capoulas Santos destaca que o Governo se propôs “a demonstrar que existe uma alternativa à austeridade, queremos começar por suaviza-la para com o crescimento económico, acabar definitivamente com ela. E o que este orçamento faz, é demonstrar que este caminho é possível apesar de ser um caminho que teve o seu trajeto de dificuldade porque o Partido Socialista não tem uma maioria da Assembleia, está apoiado por uma maioria e por acordos parlamentares com outros partidos, com os quais foram negociados um conjunto de medidas, e o PS por outro lado, sempre disse que queria virar a página da austeridade mas não queria romper com a União Europeia, não queríamos ser um caso comparado ao caso grego e portanto aquilo que foi discutido foi a demonstração de que é possível aumentar as politicas sociais, aumentar o rendimento das famílias e ao mesmo tempo, promover o crescimento do emprego e continuar o investimento”.

Questionado sobre o impacto do aumento dos combustíveis nos bens e serviços e que recaem sobre os agregados familiares, o Ministro da Agricultura refere que “sim, mas há uma diferença”, salientando que “há dias os responsáveis do PSD diziam que este Governo dá com uma mão e tira com a outra, só que os combustíveis com o aumento estão ao mesmo preço que estavam quando entramos para o Governo e não me lembro que alguém tenha dito, quando o PS começou o seu Governo em 26 de novembro, que os combustíveis eram incomportáveis para a economia”.

“Aquilo que fizemos no contexto orçamental, foi, com este aumento, compensar a quebra de receita fiscal, que a redução do preço dos combustíveis pela redução do preço do petróleo determinou, e desta forma manter um orçamento equilibrado e possibilitando os aumentos da despesa necessários para compensar as pensões, os salários, os funcionários públicos, as políticas sociais”, acrescentando, “este é de facto um orçamento que, por um lado dá mais dinheiro às pessoas e por outro lado se lhe retira alguma coisa, é através do aumento dos combustíveis, só que nós vamos dar às pessoas cerca de mil e quatrocentos milhões de euros e vamos retirar menos de 600 milhões, o saldo positivo que ficará no bolso dos cidadãos é muito superior aquele que existia com o orçamento anterior, com o Governo da direita”.

 

 

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