As Cantadeiras de Redondo, um grupo feminino de cantares alentejanos, com origem na Vila de Redondo, foi fundado em fevereiro de 2014, celebrando assim o seu 8º aniversário.
Ao longo destes oito anos, este grupo de mulheres tem elevado o Alentejo e através da sua voz, tem promovido por este país fora, não só a Vila de Redondo como a região Alentejo pois em casa nota musical que entoam, sente-se e respira-se o Alentejo.
A Rádio Campanário esteve presente na iniciativa promovida pelo Grupo das Cantadeiras de redondo que assinala o seu aniversário e a emancipação da mulher, e falou com Rute Roque, presidente da Associação das Cantadeiras de Redondo, que começou por referir “hoje comemoramos não só o 8º Aniversário das Cantadeiras de Redondo, mas principalmente a emancipação da mulher Alentejana.”
Segundo Rute Roque “importa nestes tempos de escuridão, a guerra é a coisa mais trágica de todas porque provoca todas as outras coisas trágicas e sempre são os mais desafortunados a sofrer com isso, dar importância à emancipação da mulher e dos homens, em suma, dos povos, e isso só acontece quando os povos preservam e enaltecem as suas raízes também culturais. É isso que nós fazemos e defendemos com alegria e amor.”
Questionada como é que a Associação viveu estes dois anos de pandemia, Rute destacou ” vivemos aos poucos, juntámo-nos a pouco e pouco,” sublinhando que “estes dois últimos anos não houve atividade,” no entanto, “agora mais para o final de 2021 conseguimos fazer ensaios e algumas atuações, mas com as devidas precauções.”
Para quem vive o cante de forma tão intensa foi complicado gerir as emoções em tempos de pandemia. “Nós somos uma família, somos um grupo de mulheres unidas com alegria, e estarmos este tempo todo sem cantarmos é triste, mas melhores dias virão e oxalá que possamos levar o cante mais longe.”
Sobre se um dos objetivos é levar o nome da Vila de Redondo mais longe, Rute Roque destacou “claro que sim, nós já fomos a Espanha e já cantámos de norte a sul de Portugal” sublinhando que além disso “é o levar a nossa cultura a outros povos e cantar o cante alentejano.”