18.2 C
Vila Viçosa
Domingo, Maio 5, 2024

Ouvir Rádio

Data:

Partilhar

Recomendamos

Homicida da advogada de Estremoz diz que não se lembra de nada, mas assume ter cometido “um crime sem querer”

Começou esta terça-feira, 17 de março, no Tribunal de Évora, o julgamento do homem acusado de ter matado uma advogada de Estremoz.

O arguido depois de ter escutado a acusação pela juíza-presidente do coletivo, alegou não se lembrar nada, mas admite ter cometido "um crime sem querer".

Francisco Borda D’Água, que incorre numa pena de 25 anos de prisão, optou por prestar declarações, dizendo estar sob "medicação muito forte" e não se lembrar de nada.

Borda D’Água, de 55 anos está acusado pelo Ministério Público (MP) de um crime de homicídio qualificado, ocorrido em 6 de maio de 2014, quando, segundo a acusação, o alegado autor do crime iniciou uma discussão com Natália de Sousa por causa do pagamento da pensão de alimentos à sua cliente e ex-mulher do arguido, na sequência de um processo de divórcio.

Em prisão preventiva na ala psiquiátrica do Hospital Prisional de S. João de Deus (Caxias), Francisco Borda D`Água, no primeiro interrogatório, dois dias após o crime, alegou que não tinha dinheiro para pagar a pensão de alimentos e admitiu que, após discussão, agrediu a vítima.

"Bati-lhe com a cabeça no chão, duas ou três vezes", disse na altura, assegurando que deixou a advogada viva quando saiu do seu escritório.

"Não tive intenção de matar ninguém", afirmou durante o primeiro interrogatório judicial, em que lhe foi aplicada a medida de coação de prisão preventiva.

Na altura dos factos, segundo o MP, "sem que nada o fizesse prever, o arguido fez uma rasteira à vítima, lançando-a ao chão" e "agarrou-a pelo pescoço e embateu com a cabeça da mesma por mais de 14 vezes contra o mosaico do chão do escritório".

Populares