O Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos e a Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho inauguraram esta sexta-feira, dia 18 de Março, o São Lourenço do Barrocal, em Monsaraz.
Após 200 anos de história e atividade agrícola com ligação à comunidade local, o empreendimento turístico abre portas a novos hóspedes, disponibilizando no seu hotel e monte alentejano uma oferta ampla de serviços, que incluem alojamento em quartos e casas localizados em edifícios repletos de caráter, renovados segundo o projeto de arquitetura de Eduardo Souto de Moura e interiores de Anahory Almeida, uma adega para produção de vinhos de marca exclusiva e um restaurante que assenta num conceito de trazer à mesa o melhor da produção agrícola da própria herdade, bem como dos produtores locais.
Foi para inaugurar a Adega de produção de vinhos, que o Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, Luís Capoulas Santos, esteve no concelho de Reguengos de Monsaraz.
O governante, em declarações à Rádio Campanário, referiu que “há algo que vem totalmente de encontro àquilo que é a política do Governo para o desenvolvimento do interior porque é necessário dar um novo élan àquilo a que tradicionalmente chamamos interior e que nós queremos litoralizar com Espanha, ou seja o interior de Portugal está mais perto dos grandes centros urbanos da Europa, do que está o litoral propriamente dito. No caso do Alentejo, nós temos dois clusters fundamentais, a agricultura e o turismo e dentro da agricultura a joia da coroa, a vinha e o vinho que têm feito um percurso notável”.
Capoulas Santos destaca “a ligação do turismo com o vinho, (…) o enoturismo tem vindo a formar-se cada vez mais, (…) com os monumentos e o património histórico (…)”, mostrando-se surpreendido com a existência, na herdade, “de 14 monumentos megalíticos” e onde “se pratica agricultura biológica, cultura, biologia, algo que os consumidores com o mais alto poder de compra, que são os nórdicos, mais apreciam”.
Expressa que, a juntar a tudo isso, “estamos ao pé de uma cidade que é Património Mundial da Unesco, junto ao Lago Alqueva e com todas as potencialidades do ponto de vista do turismo que a eles estão associados”, acrescentando, “um conjunto de realidades que tentam promover o desenvolvimento e emprego. Esta unidade (…) criou 57 postos de trabalho, na maior parte, gente jovem, este é o caminho certo, é o caminho do desenvolvimento que tem que ser complementado por outras coisas, temos que ter boas acessibilidades, bons serviços de saúde, e daí a aposta no novo hospital ser decisiva porque alavanca também tudo o resto”.
O Ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural assegura que a sua presença na inauguração da adega São Lourenço do Barrocal “visa testemunhar o apreço pelos investidores, pela autarquia, que era co-proprietária desta herdade e que prescindiu desta propriedade para ajudar à viabilização deste projeto, por todos aqueles que estão envolvidos no desenvolvimento desta região”.
Valorizando o sentimento de pertença ao Alentejo, à terra e a ligação íntima com o local, o empreendimento pretende revitalizar a noção de uma comunidade que aí sempre existiu, a vocação auto-sustentável da herdade e a beleza natural circundante, bem como o conforto aliado à contemporaneidade, que se espelha nas suas 40 unidades de alojamento (22 quartos, 2 suites e 16 casas).
Para ajudar a esta concretização, tem à disposição dos seus hóspedes e visitantes um conjunto de atividades, como passeios exclusivos de bicicleta em torno do grande lago Alqueva,rotas identificadas para caminhadas através da herdade, provas de vinhos, cestos de piquenique e aulas destinadas ao bem-estar.
Faz ainda parte da sua oferta o Susanne Kaufmann Spa Barrocal, uma loja para venda dos produtos da herdade, caso do vinho e do azeite São Lourenço do Barrocal, e de outros com origem nos pequenos produtores locais da região. No futuro, a horta biológica da herdade disponibilizará hortícolas frescas e ervas aromáticas, não só para consumo do próprio hotel e restaurante, bem como para venda.
O empreendimento turístico resulta de um investimento de 9 milhões de euros, que gerou já a criação de 50 postos de trabalho, e 14 anos de trabalho desenvolvido pela família proprietária da herdade desde o início do século XIX, juntamente com a família de António Menano.
O projeto de desenvolvimento e a gestão do empreendimento estão a cargo de José António Uva.
