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Domingo, Outubro 13, 2024

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“Não vou coagir ninguém mesmo que digam mal de mim” afirma António Jardim na apresentação das listas do MUC ao município de Vila Viçosa (c/som e fotos)

(por: Augusta Serrano) O MUC – Movimento de Unidade dos Cidadãos do Concelho de Vila Viçosa apresentou no passado domingo, dia 3 de Setembro, a lista de candidatos aos vários órgãos autárquicos do concelho de Vila Viçosa.

Em declarações à Rádio Campanário, o candidato à Câmara Municipal, António Jardim, refere que nas eleições de há quatro anos “por motivos profissionais” não pôde ser candidato à Câmara, acrescentando que na próxima corrida às autárquicas a “disponibilidade” o coloca em posição de poder encabeçar a lista.

Quanto às espectativas, António Jardim começa por dizer que “há quatro anos atrás era tudo diferente”, afirmando que, enquanto presidente, Luís Caldeirinha Roma “não tratava ninguém mal”.

Contudo para as eleições de 1 de Outubro, o candidato diz que “as questões alteraram-se todas”, sustentando que “hoje, há muita gente descontente”, motivo pelo qual afirma que “é possível irmos buscar os votos a todo o lado”.

Questionado acerca da alteração de há quatro anos do poder partidário no concelho calipolense, António Jardim diz que “havia uma grande contestação, talvez, injusta”, sustentando que “fez-se mais por Vila Viçosa naqueles quatro anos do que nos outros dezasseis anos da CDU”.

“Agora não se vota [Inácio] Esperança, agora vota-se António Jardim”, afirmou o candidato, indicando que “é possível o MUC ganhar as eleições”.

Segundo as suas palavras, o eleitorado do MUC é “quem quer mais e melhor por Vila Viçosa, quem pensa, efetivamente, pensa com a cabeça e tenta votar em pessoas competentes, que já deram mostras na sua vida pessoa ao longo dos anos”.

“Não vou coagir ninguém mesmo que digam mal de mim”, prometeu o candidato em declarações à RC, acrescentando que “o 25 de Abril fez com que as pessoas dissessem aquilo que pensam sem que para isso fossem coagidas”.

“O desenvolvimento económico e o combate à desertificação como criação de emprego”, são as grandes promessas eleitorais de António jardim, fundamentando que esta aposta á feita com “projetos concretos ao nível do turismo, da saúde e da indústria”, sublinhando a intenção de “fomentar a criação de empresas com os jovens”.

Candidato à Assembleia Municipal, Inácio Esperança, justificou a inversão de posições dos candidatos de á quatro anos atrás, ao contrário das palavras do candidato à Câmara Municipal, “entendeu-se que António Jardim teria mais capacidade para conquistar eleitorado, principalmente eleitorado descontente com a CDU”, acrescentando que o perfil de Inácio Esperança “teria mais dificuldade em penetrar nesse eleitorado descontente da CDU” por se afirmar milidante social-democrata.

“Sou PSD e seriei PSD, enquanto o PSD me quiser lá”, afirmou Inácio Esperança, contudo não concorda “com a orientação da secção de Vila Viçosa”, indicando que tudo fez para “haver alianças e uniões”, nomeadamente com os social-democratas, que como refere, “poderiam ser importantes para o futuro do concelho”.

Segundo Inácio Esperança, a sua refiliação ao Partido Social-democrata “tinha a ver com a vitória da presidente da distrital à distrital de Évora, o facto de eu ser muito amigo e de ela me ter pedido para o fazer”.

No que diz respeito à não conclusão da aliança politica, o candidato à Assembleia Municipal diz que “houve algumas divergências apenas a nível local, que tinha a ver com o cabeça de lista à Câmara Municipal”.

Confiante numa vitória na Assembleia Municipal, Inácio Esperança diz que este órgão autárquico “precisa de ser resgatada e libertada”, sustentando que nos últimos tempos, “a Assembleia não é o órgão fiscalizador da Câmara”, mas sim que “tem sido a mulher-a-dias do Sr. Presidente da Câmara”.

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