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“No país das maravilhas afinal as coisas não estão a correr tão bem” (c/som)

O deputado António Costa da Silva, eleito pelo círculo de Évora do PSD à Assembleia da República, no seu comentário desta segunda-feira, dia 18 de março de 2019, abordou aos microfones da Rádio Campanário os mais recentes resultados de sondagens para as eleições legislativas, bem como os níveis de popularidade dos líderes partidários e pronunciou-se sobre as declarações de Rui Rio relativamente a uma possível queixa contra o Governo na Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Quando convidado pela Campanário a comentar as sondagens que dão António Costa como líder nas intenções de voto, o deputado diz que “podemos fazer um comentário ao contrário, hoje saíram outras sondagens que dão o pior resultado de sempre em termos de popularidade ao primeiro ministro, ou seja elas são contraditórias”, acrescentado depois que “as sondagens valem o que valem é mesmo assim”.

António Costa da Silva considera que “vamos fazendo a nossa análise, vamos verificando qual a evolução ao longo do tempo, e o que se nota é que no ano em que o governo apresenta tantas medidas simpáticas o governo tem vindo a cair”, justificando esta afirmação pois “as coisas não estão bem, na rua é que se vê o que se passa, e essa é a verdadeira sondagem, a sondagem dos enfermeiros, a sondagem dos médicos, a sondagem dos professores, a sondagem dos polícias, a sondagens dos juízes, essas é que são as verdadeiras sondagens que os portugueses sentem, que é a contestação que está na rua quando as pessoas sentem que os preços dos combustíveis estão nos valores que estão, tudo aumentou. No país das maravilhas afinal as coisas não estão a correr tão bem, e também vão verificando que Portugal apesar de um crescimento que vêm acontecendo nos últimos tempos, o que é certo é que estamos a crescer menos que os outros países da União Europeia”.

A Campanário questionou o deputado sobre os motivos desta quebra de aceleração no crescimento, e António Costa da Silva considera que “acontece porque depois de termos saído de um período extremamente crítico (…) nós devíamos estar a melhorar a olhos vistos e efetivamente não estamos. Quando se deviam ter aproveitado as reformas do governo anterior, fez-se precisamente o contrário, acabaram-se com essas reformas e agora estamos a sentir os problemas”.

Relativamente ás declarações de Rui Rio sobre o governo fazer campanha em prol do PS, o deputado considera que “tem toda a razão, apesar de a comissão nacional de eleições ter apresentado aquele comunicado, na minha perspetiva exagerado, o que é certo é que o governo não tem cumprido aquilo que foi comunicado. Existe aqui uma questão de bom senso, coisa que este governo não tem, este governo não tem meias medidas e está-se nas tintas para toda a gente, sejam entidades reguladoras, fiscalizadoras”.

António Costa da Silva disse aos nossos microfones que “o governo pura e simplesmente abusa naquilo que é o seu entendimento sobre as entidades reguladoras, eles sentem-se legitimados para fazerem o que bem entenderem, basta ver o comportamento do governo ao trazer todos os familiares e os parentes próximos, são circunstâncias muito especiais em que este governo perdeu totalmente a vergonha, penso que os portugueses terão bom senso e irão verificando o que este governo faz”.

O deputado referiu ainda, com base nas sondagens do jornal económico “não só baixa a popularidade do primeiro ministro, como em termos de intenção de voto também desce, aliás os que beneficiam mais são os partidos mais pequeninos, o Bloco de Esquerda, o PCP, o CDS”, considerando por fim que “a linha de descida ainda vai ser mais acentuada quanto mais próximas estiverem as eleições”.          

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