Os portugueses poderão estar a consumir azeite “virgem” como se de azeite “virgem extra” se tratasse.
O alerta é dado pela Deco – Associação Portuguesa de Defesa do Consumidor que ao analisar 20 amostras de azeite constatou que 4 não correspondiam ao rotulado.
À Rádio Campanário a jurista da Deco, Isabel Curvo, diz que “o consumidor está a pagar mais por um produto que vale menos”.
Isabel Curvo refere que “Casal Memória, a marca Guia, Serrata e Vida Celeiro que pertencem à denominação virgem, o anunciado no rótulo nem sempre garante a idoneidade do conteúdo e é uma questão que se reflete na própria qualidade e também no preço do azeite”.
A jurista conta que a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) já foi informada, ao mesmo tempo que fala sobre as diferenças entre as duas categorias de azeite, onde preço pode variar, por litro, entre os cinquenta cêntimos e um euro e oitenta cêntimos.
Isabel Curvo alerta para a embalagem em garrafas de plástico que “não se recomendam e para prevenir a migração de componentes para o azeite”, a garrafa deve estar fechada após ser usada e colocada longe de cheiros intensos.
“Há que ter atenção ao rótulo”, alerta a jurista da Deco, “não é exatamente uma fraude, mas é uma situação que não é legal”.
O estudo realizado pela Deco detetou também que todas as marcas avaliadas estavam abaixo do limite geral estabelecido em relação à oxidação, considerando a associação que são preciso cuidados redobrados com o armazenamento da azeitona durante a colheita.