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Domingo, Abril 28, 2024

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Parque Tecnológico do Alentejo oferece emprego e ‘cowork’ gratuito a refugiados ucranianos

A criação de ofertas de emprego e a disponibilização de dois espaços gratuitos de ‘coworking’ durante um ano são medidas dirigidas a refugiados ucranianos criadas, em Évora, pelo Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia (PACT).

Em comunicado divulgado hoje, o PACT revelou que estes passos integram o “plano de ação” que está a desenvolver “para responder à crise humanitária na Ucrânia”, devido à guerra.

“Estamos desde a primeira hora solidários com a Ucrânia e em contacto direto com a comunidade ucraniana em Évora” para “perceber como podemos ser úteis num momento em que são os mais inocentes que estão a sofrer”, disse hoje o presidente executivo do PACT, Soumodip Sarkar.

O Parque do Alentejo de Ciência e Tecnologia vai promover, no dia 08, um jantar solidário, cuja receita “será canalizada para a compra de medicamentos e material de primeiros socorros que seguirão para a Ucrânia”.

Além disso, as “medidas concretas” definidas para ajudar “a minimizar as várias carências” provocadas pelo conflito armado incluem “a criação de ofertas de emprego, preferencialmente na área das Tecnologias de Informação [TI]”.

O organismo disponibiliza ainda “dois postos de trabalho gratuitos durante um ano” no seu espaço de ‘coworking’ para refugiados ucranianos.

Estas medidas “serão articuladas com as entidades competentes, nomeadamente através da plataforma Portugal for Ukraine, criada pelo Governo”, acrescentou Soumodip Sarkar.

Vão, igualmente, ser disponibilizadas “sessões de mentoria para empreendedores deslocados da Ucrânia que pretendam desenvolver o seu projeto em Portugal, com especial enfoque na região do Alentejo”.

“Diariamente, já damos este tipo de apoio a empreendedores que nos procuram por quererem beneficiar do nosso ecossistema”, tanto “para terem conhecimento de oportunidades de financiamento”, como “numa perspetiva de facilitar contactos”, frisou Soumodip Sarkar.

Por isso, “faz todo o sentido enfatizar esta oferta junto destes empreendedores refugiados, que chegam numa situação fragilizada e que podem precisar de uma maior ajuda para dar continuidade aos seus negócios em Portugal”, destacou.

Estes são “apenas alguns passos de um plano que irá evoluir à medida que sejam apontadas mais necessidades” para as quais exista “a capacidade de ser parte da solução”, acrescentou o mesmo responsável.

O PACT recordou ainda que, no âmbito da crise humanitária em curso na Ucrânia, já promoveu nas suas instalações uma recolha que permitiu angariar “cerca de 500 quilos de bens essenciais, que já seguiram para a Ucrânia”.

A Rússia lançou, em 24 de fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.232 civis, incluindo 112 crianças, e feriu 1.935, entre os quais 149 crianças, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas, incluindo mais de 4 milhões de refugiados em países vizinhos e quase 6,5 milhões de deslocados internos.

A ONU estima que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

C/Lusa

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