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Sábado, Abril 27, 2024

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Partidos tiveram “vergonha em assumir a necessidade de alterar” a lei do financiamento, diz Carlos Zorrinho no seu comentário semanal (c/som)

O eurodeputado Carlos Zorrinho no seu comentário semanal, habitualmente terça-feira mas realizado esta quarta-feira, dia 3 de Janeiro, começou por analisar o último ano de Portugal e da Europa, caraterizando-o como “um ano muito confuso no plano mundial”.

A sustentar a sua afirmação, faz referência ao presidente dos Estados Unidos, dizendo que “não sabemos muito bem que rumo quer traçar” e a Europa “recuperou a confiança em si, algum crescimento e alguma capacidade de intervenção em termos globais”.

Quanto a Portugal, no plano económico e social teve “um bom ano”, embora, “marcado pelas catástrofes associadas às alterações climáticas e o que sucedeu em volta dos incêndios”, referiu o eurodeputado.

Carlos Zorrinho considere que 2017 fica guardado na memória como “um ano em que voltámos a recuperar economicamente e a ter confiança no país, mas também um ano em que percebemos que temos mudar muita coisa na resposta aos problemas da floresta”, acrescentando que “o clima mudou e temos que mudar a maneira como lutamos com ele”.

O comentador da RC subscreve a análise do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, embora, no que diz respeito ao “balanço negativo” é preciso “separar”, motivo pelo qual sustenta que “na dimensão social o balanço é muito positiva”.

Já o veto à lei do financiamento dos Partidos da parte do Presidente da República “trará para a discussão pública a questão e talvez outras questões associadas ao financiamento geral da política e a forma como os políticos são remunerados”, sustentando que “é uma discussão que a sociedade portuguesa precisa”.

Quanto ao não pagamento de IVA, Carlos Zorrinho esclarece que os Partidos “não pagavam nas atividades que contribuíam para divulgar a sua mensagem”, havendo uma certa “confusão” em atividades como um jantar partidário.

Questionado sobre o sigilo na votação desta lei, o eurodeputado considera que “houve uma certa vergonha dos Partidos em assumirem a necessidade de alterar a lei”, referindo que foi alterada “porque o Tribunal Constitucional e a Entidade das Contas achavam que a lei tinha que ser clarificada”, embora tenha sido feita de “uma forma mais transparente”.

Quando às medidas propostas pelo Ministério da Saúde para fixar médicos ao interior, Carlos Zorrinho suste que com estas medidas “não resolvíamos o que queremos resolver”, frisando a hipótese de “virem fazer a especialidade à periferia e depois voltarem aos grandes centros”, por isso, sustenta que “temos que lhes dar incentivos para ir, mas depois temos que contar com a sua colaboração neste processo”.

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