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Plano Regional de Eficiência Hídrica do Alentejo vai contar com 993M euros de investimento e 70 medidas

FLFRevista

No âmbito do programa “Governo + Próximo”, realizado nos dias 21 e 22 de junho, no distrito de Évora, foi apresentado, ena Estação Elevatória de Álamos, em Portel, o Plano Regional de Eficiência Hídrica do Alentejo.

Este plano prevê investimentos de 993 milhões de euros, com o objetivo de otimizar os nossos recursos, melhorar a eficiência e adaptar o território.

Segundo o site oficial do Governo, o Primeiro Ministro António Costa afirmou que “Temos mesmo de apostar e de investir fortemente na eficiência energética na boa utilização dos recursos hídricos para poder assegurar que há agricultura, que temos alimentação e, portanto, podemos sobreviver neste planeta”.

A apresentação, inserida no programa do “Governo + Próximo”, decorreu na Estação Elevatória dos Álamos, uma das maiores da Europa e um dos projetos mais transformadores da economia, do ambiente e da agricultura do Alentejo das últimas décadas

A diminuição em cerca de 20% das disponibilidades hídricas nos últimos trinta anos e o aumento da temperatura do ar, fazem da gestão dos recursos hídricos uma prioridade. 

É neste enquadramento que surge o Plano de Eficiência Hídrica do Alentejo, promovido entre a área governativa do ambiente e ação climática, da agricultura e do turismo e que envolveu, também, as principais entidades competentes e stakeholders da região do Alentejo, numa abrangência geográfica focada nas bacias hidrográficas do Guadiana, Sado e Mira.

Para a resolução do problema foram aportadas pelas diferentes entidades e stakeholders mais de 70 medidas que podem ser realizadas a curto e médio prazo, sendo que 12 referem-se a medidas de gestão dos recursos hídricos, 12 para o setor urbano, 41 medidas para o setor agrícola, 2 para os setores da indústria  e 6 para o turismo . 

Cerca de 30% das medidas visam aumentar a eficiência, 45% visam a adaptação, 17% medidas ambientais e 8% a articulação (incluindo divulgação de boas práticas). 

O investimento total somado por todas as medidas é de 993 milhões de euros, sendo que cerca de 79% correspondem ao setor agrícola, 18% ao setor urbano e 3% para os restantes. 

De acordo com o plano, estima-se que seja possível reduzir os consumos de água no setor urbano e turístico em cerca de 10% (17 hm3) e nos aproveitamentos hidroagrícolas coletivos na ordem dos 12 % (29 hm3).

No que toca a medidas a curto prazo, destacam-se:

– Construção de reservatórios artificiais intermédios e modernização e reabilitação da rede de distribuição do AH do Mira;

– Avaliação da área beneficiada de alguns Aproveitamentos Hidroagrícolas, designadamente a redelimitação dos AH de Lucefecit, Roxo e Campilhas e Alto Sado;

– Construção da rede de transporte e distribuição de água para a rega do AH do Xévora;

– Redução das perdas de água na rede primária e na rede secundária do AH de Odivelas;

– Intervenções para promover a eficiência hídrica do AH do Caia;

– Modernização das redes de rega dos blocos gravíticos do AH do Roxo e reabilitação do Canal Condutor Geral do Roxo/1.º Troço;

– Aproveitamento do potencial de produção de energia hidroelétrica na barragem do Roxo;

– No âmbito do EFMA- investimentos nos circuitos hidráulicos de Reguengos, Messejana e Monte da Rocha, e Vidigueira.

Quanto às medidas a médio prazo destacam-se:

– Estudos para o aumento da capacidade de armazenamento de água e de regularização interanual;

– O Aumento da capacidade útil de armazenamento no EFMA e em AH Confinantes;

– E a Avaliação da criação de armazenamento nos afluentes do Baixo Guadiana.

– Promover o uso eficiente da água pelos utilizadores, incentivando a eficiência no lado da procura, e o uso integrado de diversas origens de água, assegurando uma gestão otimizada da oferta. 

 

Fonte: portugal.gov

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