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Sábado, Abril 27, 2024

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“Por cada euro que invistam em Lisboa e no Porto exigimos um euro investido no Alentejo” (c/som)

O eurodeputado Carlos Zorrinho, eleito pelo PS, no seu comentário desta terça-feira, dia 19 de março, abordou os resultados das últimas sondagens que atribuem a vitória ao partido socialista, mas sem maioria, a poluição atmosférica e os seus efeitos nocivos na vida quotidiana, finalizando com uma análise sobre a redução dos passes socias e possíveis projetos a implementar no Alentejo na área dos transportes.

Sobre as sondagens, Carlos Zorrinho considera que “em política um dia, uma semana é muito tempo, as sondagens são importantes, no entanto ainda falta bastante tempo para as legislativas”. O eurodeputado considerou aos nossos microfones que “o fundamental é que o próximo governo, tal como se demonstrou com este governo, não tenha orçamentos retificativos, sem sobressaltos de maior o importante é que exista uma maioria absoluta do povo a apoiar o governo, seja ele um único partido ou vários partidos”, Carlos Zorrinho mostrou-se convicto “que o PS saberá criar condições para ter essa maioria”.

Quando questionado pela Campanário se será novamente a esquerda a apoiar o PS, o deputado diz que “este governo começou com um acordo feito entre o PS, o Bloco de Esquerda e o PCP e é em função desse acordo que vier a ser feito que os partidos se sentirão ou não confortáveis para integrar o governo”. Carlos Zorrinho não deixa, no entanto, de considerar que “se o BE vier a integrar o governo para fazer uma política diferente daquele que é estabelecida como programa de governo não faz sentido”.

O eurodeputado refere que os partidos, nos próximos tempos “tentarão fixar o seu eleitorado, depois de o povo se pronunciar será encontrada a melhor solução (…) tudo o que é dito agora faz parte da campanha de cada um dos partidos”.

A Campanário convidou Carlos Zorrinho a comentar a manchete do jornal Público sobre “Poluição do ar causa 15000 mortos”, ao que o eurodeputado considerou que “é uma notícia preocupante, eu fiz parte da comissão que regula as emissões automóveis e estima-se que 400 mil pessoas morram prematuramente”, acrescentado que na sua opinião “a poluição do ar não mata, mas sim antecipa a morte”.

A RC questionou Carlos Zorrinho sobre que formato deve ser adotado pelos governos para combater estes dados alarmantes em termos de poluição e o eurodeputado considera que “temos de ter um grande cuidado com as emissões, principalmente do setor dos transportes, é muito importante não criar alertas desnecessários”.

Para finalizar a sua rúbrica semanal na nossa antena, a Campanário questionou Carlos Zorrinho sobre a redução aos passes sociais nos grandes centros metropolitanos e se essa medida ou medidas similares podem vir a beneficiar as populações do interior do Alentejo.

Para Carlos Zorrinho o investimento em Lisboa e Porto é “bem feito”, no entanto considera que “temos de dar uma resposta forte de transportes para o interior, nomeadamente o projeto ‘transporte a pedido’ para o Alentejo”.

A Campanário questionou o eurodeputado sobre se a medida implementada nas grandes áreas metropolitanas será transversal ao Alentejo, ao que Carlos Zorrinho revelou que “segundo sei é uma medida transversal para o Alentejo, está a ser desenvolvida pela CCDRA, pela ADRAL”. Acrescentado que “a nossa atitude é dizer ‘ok, Lisboa ótimo, Porto ótimo, é bom até porque nós lá vamos, mas queremos a contrapartida para o nosso Alentejo, onde temos condicionantes de mobilidade, e o transporte a pedido é um modelo que pode combater essas condicionantes”.

Carlos Zorrinho escusou-se a revelar mais informações, uma vez que considera  “ser da responsabilidade de quem está a preparar a candidatura do projeto fazer o anúncio”, no entanto deixou aos nossos microfones a exigência “a quem está a desenvolver este projeto” para que o realizem, acrescentando “por favor façam em vez de ficarmos a olhar, por cada euro que invistam em Lisboa e no Porto nós também queremos um euro investido nas nossas regiões”.        

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