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Sábado, Abril 27, 2024

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“Produzir vinho biológico é amar a terra e preservar os recursos naturais”, diz Fernanda Rodrigues (c/som)

Estremoz recebeu este sábado, no Museu Berardo, a iniciativa CULTOURWINE, um evento onde a cultura e o vinho surgem de mãos dadas.

A iniciativa contou com provas de vinho de 7 adegas de referência (Adega Monte Branco; Bacalhôa Vinhos de Portugal/Quinta do Carmo, Vinhos de Portugal; Herdade do Pombal; Herdade dos Outeiros Altos; Howard’s Folly; João Portugal Ramos e Tiago Cabaço Winery); Wine Talks; Atuações do Grupo de Cante Alentejano ‘Os Da Boina’ e atividades para crianças.

Este foi um evento promovido pelo Município de Estremoz e que teve como objetivo unificar a cultura ao vinho, proporcionando a todos os visitantes, uma experiência memorável num espaço magnífico, com a possibilidade de conhecimento e degustação de vinhos de referência.

A Rádio Campanário esteve presente e falou com Fernanda Rodrigues, da Herdade dos Outeiros Altos, a respeito da produção de vinhos biológicos.

Questionada sobre o que é ser-se produtor de vinhos biológicos, Fernanda Rodrigues referiu que “ser produtor de vinhos biológicos é amar a terra, amar aquilo que é nosso, preservar os nossos recursos naturais, e ter muito respeito pelo consumidor, porque estamos a proporcionar vinhos sem pesticidas, sem resíduos químicos, e que quando os consumidores os consomem percebem essa diferença”.

Questionada sobre a defesa da vinha e da uva sem o recurso a pesticidas, a produtora referiu que “nós aqui temos que assumir o compromisso de menos quantidade e melhor qualidade, teremos sempre menos quantidade de uva no caso dos convencionais, no entanto, como temos menos quantidade e as vinhas têm menos vigor vegetativo, acaba por haver um controlo na própria planta. Usamos o enxofre, como antigamente se usava, voltamos àquilo que eram os produtos dos nossos avós, que eles também produziam, apesar de não ser em tanta quantidade, também produziam, como é o nosso caso”.

Neste momento não sei se há mais algum produtor biológico, mas há alguns anos éramos, de facto, os únicos produtores a fazer vinhos biológicos em Estremoz e, achamos que terá que haver mais produtores a aderir”, acrescentou.

A Herdade dos Outeiros do Alto já foi agraciada com um prémio pelo facto de ser uma produtora de vinhos biológicos. Sobre esse tema, Fernanda Rodrigues referiu que “recebemos a Rolha Dourada, que foi a primeira vez que foi atribuída em Portugal, por uma associação de enófilos alemães, e atribuiu-nos o prémio pelas nossas práticas, pelo respeito pela natureza, respeito pela produção vitivinícola, e também somos o primeiro produtor a produzir DOC’s Alentejo com certificação de vinho biológico”.

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